21/11/2024

Provedores de internet poderão usar linha de crédito de R$ 100 milhões do BID

Juscelino Filho, ministro das Comunicações, anunciou a liberação do recurso para as empresas investirem no desenvolvimento de redes.

Nesta quarta-feira (24), durante o 14º Encontro Nacional da Associação Brasileira de Provedores de Internet e Telecomunicações (ABRINT), o ministro das Comunicações, Juscelino Filho, anunciou a liberação de duas linhas de crédito para atender pequenos provedores de internet.

Ele explicou que está negociando com o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) com intermediação da Comissão de Financiamentos Externos (Cofiex), ligada ao Ministério da Economia, uma linha de crédito de US$ 100 milhões, cerca de R$ 500 milhões para que os pequenos provedores possam investir no desenvolvimento de redes.

“Criamos o programa de ampliação de acesso ao crédito para investimento em redes de comunicação, com recursos de US$ 100 milhões, via BID. Prevê-se aí mecanismos garantidores para dar maior facilidade de acesso ao crédito aos pequenos provedores”, destacou.

Segundo o ministro, “dados de pesquisa mostram que quase 20% da população ainda não acessa a internet. Os pequenos provedores exercem um papel importante no nosso país e não tenho dúvida alguma que eles serão grandes parceiros para que a gente leve essa conectividade para aquelas regiões rurais remotas, distantes, e supere esses desafios de levar essa inclusão digital para esses brasileiros que ainda não estão conectados“, completou.

Juscelino Filho também reiterou que serão liberados pelo Fundo de Universalização dos Serviços de Telecomunicações (Fust) R$ 2 bilhões, através do BNDES, para investimentos no setor em 2023, com fomentação da melhoria da qualidade das redes e expandir a conectividade em escolhas públicas e postos de saúde.

Parte dos recursos será emprestada por meio de taxas de juros mais atrativas que as de mercado, enquanto outra parte será repassada a projetos sem exigência de reembolso. Esses projetos e aplicações de recursos ficarão com o comitê gestor do Fust.

Para ter acesso aos recursos os projetos precisam ser focados em conectividade para escolas públicas, desenvolvimento de redes de infraestrutura para conexão, serviços móveis 4G e 5G e inclusão digital nos municípios. “Um dos grandes desafios é que pequenos provedores também tenham acesso a recursos do Fust“, comentou o ministro.

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