Você acessa sites com filmes e séries gratuitas de forma não oficial, ou seja, pirata? Na busca por conteúdos de qualidade a preços mais baratos ou sem nenhum custo em relação aos streamings oficiais, como Netflix, Prime Video ou HBO Max, muitas pessoas acessam plataformas ilegais. Porém, por trás de um entretenimento “de graça” há muitos perigos.
Explorar páginas clandestinas traz à tona inúmeras pessoas a ameaças, tais como infecções virais e softwares maliciosos. A seguir, compreenda as precauções necessárias para se tomar, os perigos que tais sites representam e o modus operandi que utilizam para aplicar golpes.
Streamings piratas tem muita força
Muitos brasileiros estão recorrendo a sites de pirataria como alternativa aos serviços de streaming para evitar as cobranças. Plataformas desse tipo oferecem a opção de assistir a filmes e séries diretamente no navegador, com versões dubladas e legendadas. No entanto, é importante estar ciente de que esses sites geralmente apresentam banners, anúncios invasivos e podem conter vírus e malware ocultos durante a navegação.
Um estudo da MUSO, uma empresa britânica de dados, divulgado pela Forbes, revelou que nos Estados Unidos, apenas no último semestre de 2022, os sites de pirataria receberam mais de 140 bilhões de acessos. Isso representa um aumento de 21,9% em comparação com o mesmo período de 2021. Do total de acessos, 46% foram direcionados a sites que exibem séries, enquanto os filmes representaram 13% dos cliques.
O especialista da empresa de segurança digital ESET, Daniel Barbosa, afirma que usar sites piratas leva a exposição de dados e também diversos riscos legais:
“Usar sites de pirataria de filmes e séries pode levar a riscos legais, como processos judiciais, multas ou outras punições”.
Formas de lucro e perigos dos sites piratas
Em geral, os sites piratas obtêm lucro por meio de anúncios e malwares. Eles são programados de maneira a abrir novas janelas com pop-ups de propagandas assim que os primeiros cliques são feitos, aumentando artificialmente seus ganhos. Quanto mais tráfego um site recebe, maior o valor que podem cobrar dos anunciantes.
Além das formas tradicionais, esses sites podem também coletar informações do cadastro dos usuários, bem como dados obtidos após a instalação de aplicativos em seus dispositivos, como endereços IP e padrões de navegação. Essas informações podem ser vendidas a terceiros. Daniel também menciona que alguns desses portais chegam a cobrar assinaturas dos usuários ou solicitar “doações” para manter seus serviços online.