Um grupo composto por cinco homens foi condenado há mais de 30 anos de prisão, somados, no Reino Unido, por operarem um serviço de IPTV pirata. A justiça britânica divulgou a decisão na terça-feira (30). A plataforma, conhecida como “Flawless TV”, tinha como produto principal os jogos da Premier League, que era transmitido para mais de 50 mil telespectadores.
De acordo com a BCC News, o esquema movimentou uma quantia de aproximadamente R$ 45 milhões, entre 2016 e 2021, onde era cobrada uma assinatura abaixo dos valores praticados pelos serviços legalizados.
No caso da “Flawless TV”, era cobrado £ 10 ao mês, o equivalente a R$ 62,50 pela cotação do dia, onde os assinantes tinham acesso a um vasto conteúdo, abrangendo mais de 300 canais, acessíveis em dispositivos móveis e smart TVs. O serviço era muito bem organizado, onde os operadores do serviço pirata ofereciam até suporte e atendimento aos clientes 24 horas por dia.
Para nível de comparação, o pacote com jogos da Premier League, um dos principais campeonatos de futebol do mundo, era vendido pelos canais que detinham o direito de transmissão, à época, por valores entre £ 60 e £ 80 (de R$ 375 a R$ 500) por mês. Uma diferença exorbitante em relação ao serviço pirata. As emissoras e os organizadores do campeonato não demoraram a processar os vendedores do serviço pirata.
De acordo com as autoridades, era usada na operação da “Flawless TV” entre 20 a 30 decodificadores. Além disso, a investigação conseguiu acesso a uma lista de pessoas que pagavam e acessavam o serviço pirateado. Não há informações se essas pessoas serão punidas, até porque, é considerado também a hipótese de que alguns deles não tivesse conhecimento de que a Flawless TV era uma plataforma de IPTV pirata.
Entre os investigados estão Mark Gould, de 36 anos, chefe do grupo, que pegou a maior penalidade de 11 anos de prisão, considerando que a maior parte do lucro da operação, de £ 1,7 milhão (mais de R$ 10 milhões, cotação atual), Steven Gordon, que ficou com £ 1 milhão, e Peter Jolley, com £ 773 mil, cada um condenado a 5 anos e 2 meses de prisão, também faziam parte do grupo. E William Brown (£ 15 mil de lucro, 4 anos e 9 nove meses de detenção).
Durante a operação, as autoridades descobriram que um dos envolvidos, Christopher Felvus, também de 36 anos, possuía imagens potencialmente relacionadas a abuso infantil em seu computador.