O Programa Computadores para Inclusão, do Ministério das Comunicações (MCom), recebeu um total de 257 toneladas de equipamentos e itens eletrônicos, de janeiro a maio de 2023. A região do Nordeste foi responsável pela maior arrecadação, com um total de 114,1 toneladas. Em seguida, temos a região Sudeste, com 62,1 toneladas; Centro-Oeste, com 48,6 toneladas; Sul, com 10,9 toneladas; e Norte, com 9,5 toneladas.
Em parceria com a Green Eletron, a maior gestora sem fins lucrativos de logística reversa de eletrônicos e parceira do Ministério das Comunicações, o Programa Computadores para Inclusão adaptou um estudo para calcular o impacto ambiental resultante da destinação correta de bens eletroeletrônicos.
O estudo utilizou um modelo de Avaliação do Ciclo de Vida (ACV) para identificar os impactos e benefícios ambientais do tratamento de resíduos realizado pela empresa.
Graças à reciclagem das 257 toneladas coletadas, foi possível evitar a emissão de 455 toneladas de CO2. Em relação ao consumo de água, estima-se que tenham sido evitados 4,38 mil metros cúbicos de água. Além disso, foi possível evitar o uso de 6.668,8 GJ de diesel, o que equivale a 156,6 toneladas desse combustível.
“Todo este esforço que realizamos por meio do Programa Computadores para Inclusão reforça o comprometimento e a posição do governo federal contra o descarte de lixo em locais inadequados e o fomento à educação e conscientização da população para com o desenvolvimento sustentável, contribuindo com a preservação do meio ambiente”, comentou o ministro das Comunicações, Juscelino Filho.
Parceria que o ministério fez para realizar esse projeto
No mês de março, o MCom e a Green Eletron, uma organização sem fins lucrativos especializada em logística reversa de pilhas, baterias e eletrônicos, estabeleceram um Acordo de Cooperação. A Green Eletron foi fundada pela Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica (Abinee). O objetivo desse acordo é desenvolver estratégias para aprimorar o programa Computadores para Inclusão.
Essa parceria tem como meta fortalecer as medidas que garantem a destinação adequada do ponto de vista ambiental para os equipamentos eletroeletrônicos tratados pelo programa. Além disso, pretende-se conscientizar a administração pública sobre os riscos ambientais e de proteção de dados relacionados ao descarte de eletroeletrônicos.
Como surgiu o programa Computadores para Inclusão
O programa foi estabelecido há 19 anos, durante o primeiro mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Em dezembro de 2022, essa iniciativa foi fortalecida com a aprovação da Lei Nº 14.479/2022, que estabeleceu a Política Nacional de Descarte e Recondicionamento de Dispositivos Eletroeletrônicos.
Até o momento, aproximadamente 30 mil dispositivos foram recondicionados e doados para locais de inclusão digital em 695 municípios. Atualmente, existem 20 Centros de Recondicionamento de Computadores (CRCs) autorizados em todo o país, responsáveis pela entrega de máquinas testadas, em boas condições de uso, com programas e aplicativos instalados.
O programa Inclusão Digital através da Computação possui 20 Centros de Recondicionamento de Computadores (CRCs), localizados atualmente em 14 estados brasileiros. Desde 2004, o Ministério das Comunicações (MCom) já investiu mais de R$ 38 milhões nesse programa, possibilitando a promoção da inclusão digital em todo o país.