22/12/2024

Há 900 milhões de mulheres sem acesso à internet móvel, segundo a GSMA

De acordo com relatório da entidade, há uma diferença de 310 milhões de usuários móveis entre o gênero masculino e feminino.

De acordo com relatório da GSMA, em uma pesquisa realizada em 12 países da América Latina, África e Ásia, incluindo o Brasil, o acesso à banda larga móvel pelo gênero feminino tem apresentado um crescimento lento em países com renda média e baixa. Pelo segundo ano consecutivo, o estudo apontou um ritmo lento da inclusão digital de mulheres.

Conforme o documento, há 900 milhões de pessoas do gênero feminino sem acesso a internet móvel, respresentanto uma diferença de 310 milhões de usuários entre homens e mulheres. Na média, as mulheres estariam 19% menos propensas a contar com o serviço do que os homens. A nível de comparação, essa média era de 18% na edição anterior, após ter chegado a 15% em 2020.

“Nossos dados mais recentes mostram que, embora mais mulheres estejam usando Internet móvel do que nunca antes, sua taxa de adoção diminuiu ainda mais do que no ano passado”, afirma a GSMA.

Ao longo do ano de 2022, foram acrescentados apenas 60 milhões de mulheres com acesso à internet móvel nos países de baixa e média renda, levando para 61% o percentual frente à população total feminina. O número foi menor do que o registrado em 2021, que foi de 75 milhões, cuja desaceleração também foi percebida em meio aos homens no ano passado.

Com esse lento crescimento, a GSMA projeta que até o fim da década, somente 360 milhões de mulheres que não têm acesso à internet móvel estejam conectadas. Além de que, para diminuir a distância que há com homens com conectividade, a entidade calcula que até 2030 seria necessária a adição de 800 milhões de mulheres conectadas. meta, que segundo a entidade, exigiria “maior esforço de uma ampla gama de stakeholders“.

O maior desafio apontado pela GSMA para reverter esse cenário de desigualdade foi a acessibilidade econômica, que vai além do acesso aos planos móveis, mas principalmente na acessibilidade para ter um smartphone, uma vez que cerca de 440 milhões de mulheres nos países de baixa e média renda não contam com o dispositivo. O letramento digital também é apontado como outro obstáculo a ser superado.

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