Durante o evento ISP Business que acontece até sexta-feira, 30, em Brasília, Abraão Albino, superintendente executivo da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), trouxe para o debate a criação de um marco legal para o desenvolvimento da “Inteligência Artificial (IA) do bem”, segundo suas palavras.
Segundo o executivo, o Brasil pode acabar ficando para trás em termos de competitividade e produtividade em relação à IA. “Inteligência Artificial (IA) é assunto global, mas precisa ser também nacional”, argumentou. Além disso, ele afirma que o Brasil pode “se tornar um país refém de tecnologias mundiais que não foram desenvolvidas para a realidade brasileira. Precisamos de um marco legal que desenvolva a Inteligência Artificial no Brasil e para o bem”.
O assunto também é citado por outros executivos presentes no evento, que concordam que o Brasil tem condições de criar um marco para a tecnologia. A capilaridade dos provedores de serviços de internet no Brasil, os ISPs, e a boa distribuição da banda larga aliada a desafios como demanda de infraestrutura e marcos legais também foram discutidas.
Otavio Viegas Caixeta, Assessor da Secretaria de Telecomunicações do Ministério das Comunicações, enfatiza o número de empresas (5 mil) que atua no mercado de banda larga, sendo que 90% dos municípios do país têm ao menos uma pessoa em cada lar acessando a internet. Enquanto que Rodrigo Oliveira, presidente da ASPRO, disse que o país não concentra o mercado de banda larga, e que é referência na massificação da conectividade.
Para o senador Izalci Lucas Ferreira (PSDB/DF) há questões legislativas que precisam ser discutidas no favorecimento da inovação e da tecnologia. O parlamentar afirmou que tem ocorrido a perda de protagonismo das comissões temáticas no Senado e na Câmara dos Deputados, e defende o fortalecimento de uma frente parlamentar da inovação e da tecnologia nas duas casas do Congresso Nacional.
“Hoje são três as que funcionam bem e tem estrutura: a do agronegócio, comércio e serviços e a de logística”.