Na noite desta quarta-feira (14), a Oi divulgou seus resultados financeiros referentes ao primeiro trimestre deste ano, onde registrou uma receita líquida de R$ 2,2 bilhões, representando um crescimento de 4,8% quando comparado ao mesmo período do ano anterior, que segundo a empresa foi alavancado pela performance da Oi Fibra. Entretanto, representa um recuo de 4,1% em relação ao quarto trimestre de 2022.
A Oi Fibra apresentou 20,8% de crescimento ano contra ano, fechando o trimestre com uma receita líquida de R$ 1,1 bilhão e mantendo o ritmo de expansão acelerado desde o seu lançamento há 5 anos, em 2018.
Houve crescimento também na receita líquida da Oi Soluções de 12,9% no comparativo anual, registrando no trimestre o montante de R$ 701 milhões. Segundo a Oi, os serviços de TI responderam por 22,0% da receita desta unidade de negócios e o crescimento desta linha foi responsável pela sequência anual positiva no segmento.
Durante o trimestre em questão, a empresa reduziu seus custos e despesas em 26,9% A/A e crescimento de 1,7% T/T. A redução anual de R$851 milhões foi resultado do processo contínuo de implementação de medidas de eficiência da Companhia, em alinhamento com o seu Plano Estratégico de Transformação, buscando uma empresa mais leve e ágil.
As despesas operacionais (Opex) de rotina somaram R$ 2,3 bilhões no 1T23, uma diminuição de 26,9% em relação ao mesmo período de 2022. A despesa pessoal teve queda de 3,2% e apresentou um total de R$ 500 milhões. Segundo a Oi, a redução anual nas despesas com pessoal foi explicada, principalmente, pela reestruturação no quadro de colaboradores da Companhia, que apresentou diminuição de 38,2% A/A no número total.
EBITDA
O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização de rotina somou R$ R$ 234 milhões no 1T23, um recuo de 81,3% em relação ao 1T22. Segundo a empresa, a redução do Ebitda está associada à conclusão da venda das operações de mobilidade, que tinha uma contribuição positiva e da infraestrutura de fibra, em linha com o Plano Estratégico de Transformação da Oi. Na comparação trimestral, o EBITDA de rotina das operações brasileiras apresentou queda de 44,0%, com a margem atingindo 7,7%, devido à maior rentabilidade sazonal no 4T22.
Os investimentos da Nova Oi totalizaram R$219 milhões no trimestre, uma redução significativa tanto na comparação anual quanto trimestral – ambos os períodos já consideram o novo modelo operacional na fibra. A empresa explica que esta dinâmica foi possível em função das melhorias no modelo de alocação, baseado em rentabilidade, que permitiram um consumo ainda mais eficiente.
A Oi reportou prejuízo líquido de R$ 1,2 bilhão no primeiro trimestre de 2023, revertendo lucro líquido de R$ 1,6 bilhão do mesmo intervalo de 2022.