Nos próximos dias, o Grupo TIM (antiga Telecom Italia) deverá decidir se segue com plano de vender os ativos da sua rede fixa ou suspender o negócio por causa da oposição da sua maior investidora, a Vivendi. A transação é o plano da empresa para diminuir a dívida bruta de 30 bilhões de euros (US$ 32 bilhões).
Desde o início do ano que a empresa está com as ofertas da norte-americana KKR & Co e do banco estatal italiano Cassa Depositi e Prestiti com a aliada Macquarie Asset Management, cujas ofertas estavam entre € 19,3 bilhões a € 21 bilhões, mas foram considerada insuficientes pelo Grupo TIM, que além de solicitar que as empresas melhorarem as propostas, ainda liberou outras informações para incentivar o aumento dos valores.
Segundo a Vivendi, a rede fixa da Telecom Italia vale cerca de 30 bilhões de euros. Fontes familiarizadas com o assunto disseram ao Bloomberg Línea que dada a faixa de valor das ofertas atuais, a Vivendi poderia adotar um plano de aquisição envolvendo todos os pretendentes atuais ou optar por um caminho alternativo, o que traz à tona novamente uma possível venda da operação brasileira, a TIM Brasil.
O Grupo TIM estabeleceu até hoje (09) para ofertas não vinculantes (que permitem que as partes possam desistir do negócio) e espera-se que as avalie antes de buscar propostas vinculantes.
As especulações são que a Cassa Depositi possivelmente manterá a sua oferta existente, com melhorias apenas em algumas disposições sobre sinergias. Enquanto espera-se que a KKR face uma oferta de valor maior, fornecendo também melhorias no lado da sinergia.
Após o recebimento das novas ofertas, a empresa pretende se reunir com o conselho em 19 e 22 de junho para revisar as ofertas, disseram as fontes. O conselho ficou dividido entre ingressar em negociações exclusivas com um dos licitantes – provavelmente o KKR – e encerrar a venda da rede, já que nenhuma das ofertas corresponde às expectativas de preço da Vivendi, disseram eles.
Representantes da Telecom Italia, Cassa Depositi, Macquarie, KKR e Vivendi se recusaram a comentar.