22/12/2024

Solução do CPQD pode levar internet para escolas públicas sem energia

Projeto conta com o apoio de recursos do Fundo para o Desenvolvimento Tecnológico das Telecomunicações (FUNTTEL), do MCom e da Finep.

Há milhares de escolas no país que ainda não contam com acesso à internet, inclusive algumas que não têm sequer energia elétrica. Uma solução apresentada pelo CPQD pode ser a solução para cerca de 4,6 mil escolas públicas que estão sem internet e sem energia elétrica. A plataforma, que ainda está em fase de prova de conceito, deve chegar ao mercado neste ano.

(crédito: CPQD/Divulgação)

A ideia da solução é levar conectividade para escolas públicas que ficam em localidades remotas. O projeto, em estudo ainda, conta com apoio de recursos do Funttel (Fundo para o Desenvolvimento Tecnológico das Telecomunicações), do Ministério das Comunicações e da Finep.

De acordo com o CPQD, a iniciativa implementa um sistema individual de geração de energia elétrica com fonte intermitente (conhecido pela sigla SIGFI) usando painéis fotovoltaicos e baterias para alimentar os equipamentos de telecomunicações (como modems satelitais e roteadores de WiFi). O gerenciamento do SIGFI será por meio de tecnologias de monitoramento e gerência a distância, com inteligência artificial.

Para isso, o CPQD desenvolveu dois algoritmos para a gestão remota de dois tipos de baterias: chumbo-ácido e de lítio. A bateria tem autonomia para funcionamento por até três dias, mesmo sem sol. Além disso, o algoritmo ainda considera as condições climáticas da localidade.

O sistema também é capaz de gerar comandos ou alarmes para que o operador possa corrigir, restabelecer ou otimizar o uso da solução remotamente, evitando o deslocamento de um técnico até o local para manutenção.

Aristides Ferreira, gerente de Soluções em Sistemas de Energia do CPQD, explica que “A principal inovação do projeto está no desenvolvimento de um algoritmo para monitoramento dos parâmetros essenciais das baterias, de modo a garantir a sua disponibilidade contínua e o fornecimento ininterrupto de energia elétrica para a infraestrutura de conectividade”.

O CPQD explica que a solução surgiu de um piloto bem-sucedido implantado, no ano passado, em uma escola da comunidade indígena Yamado, em São Gabriel da Cachoeira (AM), a 850 quilômetros de Manaus.

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