A estratégia da Telecom Italia de vender seu valioso ativo de infraestrutura fixa de comunicação com o objetivo de reduzir sua dívida está sendo encarada como uma possibilidade de sucesso, afirmou o CEO da empresa, Pietro Labriola, nesta quinta-feira. De acordo com informações, as propostas recebidas não atenderam às expectativas do principal acionista Vivendi.
Na semana passada, o fundo de investimento americano KKR e um consórcio concorrente formado pelo investidor estatal CDP e o fundo australiano Macquarie apresentaram novas propostas para adquirir a infraestrutura de rede.
“Embora ainda não tenhamos analisado as novas propostas, ao lidar com um assunto complexo como esse, é essencial garantir que as coisas ocorram conforme o planejado e que existam reais possibilidades de êxito”, afirmou Labriola.
De acordo com duas fontes informadas, a oferta feita pela KKR é a mais vantajosa até o momento, totalizando cerca de 23 bilhões de euros. No entanto, essa quantia ainda está abaixo dos mais de 30 bilhões de euros desejados pela Vivendi, de acordo com fontes próximas à empresa.
Labriola mencionou a existência de um plano alternativo para melhorar as perspectivas da Telecom Italia caso a venda do ativo não seja viável. Afirmou que é importante que haja uma reversão da situação em que a companhia se encontra.
“É necessário reverter a situação nesta empresa. Temos um plano principal e um plano alternativo, e devemos trabalhar para alcançar nossos objetivos e satisfazer todos os acionistas”, afirmou.
No final do primeiro trimestre de 2023, a dívida financeira da Telecom Italia estava próxima de 26 bilhões de euros. Nos últimos dez anos, o grupo tem enfrentado uma constante diminuição das receitas e vendas, devido à acirrada competição de preços no mercado doméstico.
O conselho da empresa se reunirá em 19 de junho para analisar as propostas de licitação e deverá tomar uma decisão em 22 de junho.