Os planos da Amazon em concorrer com a Starlink estão a todo vapor. Por meio do Projeto Kuiper, a empresa investirá US$ 120 milhões (cerca de R$ 576 milhões) para construir uma instalação de processamento de satélite no Centro Espacial Kennedy da NASA, na Flórida, enquanto se prepara para lançar os primeiros equipamentos para sua rede de internet.
Com o objetivo de preparar os satélites para o lançamento ao espaço, a empresa revelou a instalação de um prédio de aproximadamente 9 mil metros quadrados para essa finalidade, cujo espaço já foi onde a NASA pousou as missões do Ônibus Espacial. O LLF agora é alugado e operado pela Space Florida, que atua como o braço de desenvolvimento da economia espacial do estado.
Além da extensa área do prédio, o centro contará com uma baía de 30 metros de altura, permitindo à Amazon integrar seus satélites aos foguetes da Blue Origin, de Jeff Bezos, e da United Launch Alliance (ULA).
“Estou emocionado que a Amazon seja o primeiro grande inquilino a localizar [no LLF]”, disse Frank DiBello, CEO da Space Florida, à CNBC. “É uma prova do fato, porém, de que vemos todo o estado como um espaço de apoio ao ecossistema.”
De acordo com Steve Metayer, vice-presidente de operações de produção do Kuiper da Amazon, a previsão é de que a construção do centro seja concluída até o final do próximo ano, com o processamento dos satélites iniciando no início de 2025.
Projeto Kuiper da Amazon
O Projeto Kuiper é o plano da Amazon para construir uma rede de 3.236 satélites em órbita baixa da Terra, para fornecer acesso à internet de alta velocidade em qualquer lugar do mundo.
No ano passado, a empresa anunciou o maior acordo corporativo de foguetes da história do setor para lançar seus satélites. Ela reservou 77 lançamentos – acordos que incluíam opções para mais quando necessário – de uma variedade de companhias para implantar os satélites rápido o suficiente para atender aos requisitos regulatórios.
De acordo com a companhia, os dois primeiros protótipos de satélites Kuiper devem ser lançados nos próximos meses, mas depende de quando o foguete no qual a espaçonave viajará estiver pronto.
