Renovando um contrato que expiraria no final deste ano, a Apple e a Nokia assinam um novo acordo de licenciamento de longa duração de patentes 5G, que permitirá que a fabricante do iPhone tenha o direito de usufruir de invenções englobando a rede e outras tecnologias patenteadas pela empresa finlandesa.
As empresas não anunciaram os termos do acordo, mas durante o tempo de parceria, a Nokia receberá pagamentos recorrentes da companhia de Cupertino. O anúncio foi feito pela finlandesa, a qual destacou que o novo acordo substituirá o contrato anterior entre as duas companhias.
A Apple e a Nokia assinaram um acordo de licenciamento de patentes em 2017, após um longo imbróglio judicial envolvendo patentes. Em comunicado, a fabricante finlandesa indicou que a licença envolve invenções fundamentais de 5G e outras tecnologias. Pelo acordo, a Nokia deve receber pagamentos da Apple por um “período de vários anos”.
As receitas relacionadas à Nokia e ao último acordo da Apple serão refletidas nos ganhos do primeiro trimestre de 2024 da Nokia. Jenni Lukander, presidente da Nokia Technologies, afirmou que o acordo “reflete a força do portfólio de patentes da Nokia”, destacando as décadas de investimento em pesquisa e desenvolvimento e a contribuição da empresa para padrões de telefonia móvel e outras tecnologias.
“Estamos muito satisfeitos por ter concluído um contrato de licença de patente de longo prazo com a Apple de forma amigável. O acordo reflete a força do portfólio de patentes da Nokia, investimentos de década de P&D [pesquisa e desenvolvimento] e contribuição para padrões celulares e outras tecnologias”, disse.
O portfólio de patentes da Nokia conta com mais de 20 mil famílias de patentes, incluindo 5.500 patentes relacionadas à tecnologia 5G.
A companhia ainda informou que, desde o ano 2000, investiu mais de 140 bilhões de euros (aproximadamente R$ 731 bilhões) em P&D. A Nokia oferece suas patentes em termos justos, razoáveis e não discriminatórios (FRAND), porque muitas delas são consideradas essenciais. Isso significa que as empresas podem licenciar tecnologias por um preço razoável, mas às vezes há disputas sobre a definição de razoável.