Nesta sexta-feira (14), a Ericsson divulgou seu resultado financeiro referente ao segundo trimestre do ano, onde reportou um prejuízo líquido de aproximadamente US$ 58,6 milhões (600 milhões de coroas suecas), que segundo a empresa é resultado de despesas de reestruturação. No mesmo período do ano passado, a empresa obteve lucro de 4,7 bilhões de coroas suecas (US$ 460 milhões).
Já a receita líquida teve alta de 3% na comparação anual, totalizando US$ 6,3 bilhões (64,4 bilhões de coroas suecas). Entretanto, houve recuo de 9% nas vendas ajustadas para unidades e moedas comparáveis.
No período de abril a junho, a Ericsson diz que o corporativo foi a divisão que se destacou, com uma receita de US$ 620 milhões (6,4 bilhões de coroas suecas), crescendo 275% no trimestre. Entretanto, o faturamento do setor é apenas o terceiro em ordem de importância para a companhia.
Somando 15,1 bilhões de coroas suecas (US$ 1,47 bilhão) no segundo trimestre, o segmento de serviços e software em nuvem apresentou alta de 8%. Enquanto que o negócios de redes teve a mesma porcentagem, mas negativo, com 42,4 bilhões de coroas suecas (US$ 4,14 bilhões).
Ao fazer um recorte geográfico, os negócios da empresa avançaram 74% na região que compreende Sudeste da Ásia, Oceania e Índia. Houve crescimento na receita na Europa e na América Latina (4%) e na África e no Oriente Médio (2%), e queda de 37% na América do Norte e de 31% no Nordeste da Ásia.
Börje Ekholm, presidente e CEO da Ericsson, em trecho do balanço financeiro, explica que “O crescimento das vendas na Índia compensou parcialmente o abrandamento esperado que vimos em outros mercados, principalmente na América do Norte, onde o ritmo de construção foi moderado e os níveis de estoque do cliente foram reduzidos”.
Segundo a Ericsson, os resultados do segundo trimestre atenderam às expectativas, “apesar das condições desafiadoras do mercado”, destacando que estações rádio base transportam cerca da metade do tráfego 5G no mundo, desconsiderando a China.
A Empresa ainda informou um “importante contrato de licenciamento 5G com um fornecedor de dispositivos”, ampliando o alcance de suas propriedades intelectuais.
“Seguimos executando com disciplina e foco sem perder de vista o longo prazo. Estamos alavancando nossa tecnologia 5G, expandindo nossos negócios corporativos e conduzindo nossa transformação cultural para acelerar nossa trajetória de crescimento e moldar o cenário do setor de comunicações”, pontua Ekholm.
Ainda de acordo com o balanço, entre abril e junho, a Ericsson demitiu 1.041 funcionários, parte de um plano de redução do quadro funcional anunciado em fevereiro, terminando junho com 103.890 empregados.