De acordo com um levantamento feito pelo “Laudo de Avaliação para a Proposta de Cessão Onerosa da Sucata” elaborado como parte das negociações entre a Oi, a V.tal e a RK Partners determinada pelo Juízo da Recuperação Judicial, a rede de cobre da operadora totaliza 380 mil toneladas de metal, em uma estrutura de 371 mil km de cabos, escondida embaixo da terra e pendurada nos postes.
Dos 371 mil km, segundo o documento, 98 mil km são cabos de alta capacidade subterrâneos (cabos com até 2400 pares) e outros 273 mil km são cabos de baixa capacidade (10 a 400 pares), que compõem a rede aérea da Oi, e contém capacidade, em média, de 2,5 km de cobre por metro, contra 0,4 kg de metal por metro na fiação de baixa capacidade. Segundo o laudo, a rede subterrânea, que é menos extensa, tem mais metal aproveitável (cerca de 274 mil toneladas) do que a rede aérea (109 mil toneladas).
De todo o material, a Oi já tirou e vendeu cerca de 10 mil km de rede, e ainda pretende vender outros 67,67 mil km até 2025. Entretanto, vale ressaltar que embora tenha potencial econômico, há muitas dificuldades para aproveitar esse material para reciclagem, como a desativação da rede, o que significa passar os clientes de telefonia fixa e xDSL (banda larga em cima de redes de cobre) para outras tecnologias, o que tem um custo de migração.
Além disso, ainda há a dificuldade de remoção dos cabos em si, sejam aéreas ou terrestres, assim como o armazenamento do material retirado e o processo de limpeza e processamento dos cabos para eliminar seu revestimento. Vale lembrar também que sua venda será racionada, para não afetar a cotação do cobre.
No dia 25 de junho, o Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, autorizou o acordo de venda de sucata da Oi para a V.tal. O acordo bilionário supera em R$ 1,2 bilhão proposta recebida do fundo RK Partners pela operadora, e poderá resultar em “benefício” à tele entre R$ 0,66 bilhão e R$ 1,46 bilhão.