21/11/2024

Vivo defende acabar com o acesso ilimitado ao WhatsApp

Para o presidente da Vivo, Christian Gebara, as bigtechs, como Google e Meta, devem entrar no financiamento das redes de telecomunicações.

Há alguns dias que o assunto de acabar com o acesso ilimitado a redes sociais, como WhatsApp, Facebook e Instagram, integrado nos planos móveis, está sendo discutido no meio de telefonia móvel. Em conversa com jornalistas nesta quarta-feira (26), o presidente da Vivo, Christian Gebara, reforçou a ideia de acabar com o “zero rating”.

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Em sua fala, o executivo defendeu o “fair share”, prática no mercado em que as empresas de tecnologias entram no financiamento das redes de telecomunicações. Segundo Gebara, poucas companhias concentram mais da metade do tráfego de dados nas redes, fazendo com que seja necessário repensar a maneira de como investir na infraestrutura.

Ele destaca que a cinco ou seis bigtechs tiveram um aumento expressivo no uso das redes. “Todas as redes estão sofrendo aumento do tráfego vindo de cinco ou seis empresas. Estudos mostram que apenas este ano haverá aumento de 26% no tráfego de dados. Para conseguir aumentarmos a cobertura, deveria existir uma distribuição dos agentes responsáveis pelo tráfego”, defendeu Gebara.

Nesse assunto, o foco está na Meta, dona do WhatsApp, do Facebook e do Instagram, que juntas, geram grande volume de tráfego, sendo que o aplicativo de mensagem é um dos serviços cujo tráfego aumenta a cada ano.

Atualmente, segundo o executivo, o WhatsApp é o único que é ilimitado nos planos móveis da Vivo, e devido ao crescimento expressivo do uso da rede, a operadora avalia retirar o acesso ilimitado ao aplicativo de suas ofertas. Ou seja, acabar com o “zero rating”.

“Hoje só temos zero-rating com o WhatsApp. Ele começou gratuito quando era só de troca de mensagens. Mas hoje já é de fotos e vídeos, e é um dos que impacta o aumento dos dados na nossa rede. Então, sim, estamos discutindo o fair share e se esse app deveria ou não estar incluído em nossos pacotes. Mas não tem nenhuma decisão tomada”, falou.

Nesse combo, também há outras grandes empresas, que geram muito tráfego nas redes de telecomunicações, como Google, Netflix, Amazon, Apple, TikTok.

Outras operadoras

O assunto também está sendo discutido pelas TIM e Claro, que avaliam acabar com o “zero rating”. Inclusive, em recente entrevista, o presidente da Claro, José Feliz, declarou que “Não tenho dúvida que o zero rating foi um erro, um equívoco”.

No caso da TIM, segundo o diretor de receitas da operadora, Fábio Avellar, a operadora busca ampliar suas fontes de faturamento, por causa dos grandes investimentos nas redes, incluindo o 5G. Com isso, acabar com acesso ilimitado às redes sociais o assunto está sob avaliação.

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