O processo de elaboração do IBC é baseado em informações já coletadas pela Anatel a respeito do setor de telecomunicações. Esses dados serão agregados às outras informações disponíveis no painel “Meu município”, que pode ser acessado através desse link aqui.
A intenção por trás dessa iniciativa é dupla: em primeiro lugar, fortalecer a divulgação de informações específicas do setor de telecomunicações. Em segundo lugar, a Agência busca estimular a modernização das regulamentações locais relacionadas à implantação de infraestrutura de telecomunicações. Isso será alcançado ao comparar os valores do IBC entre diferentes municípios e estados. O IBC, em particular, será uma medida objetiva que reflete o nível de conectividade de cada município e estado do Brasil. Ele servirá como uma ferramenta adicional para avaliar a infraestrutura de telecomunicações do país.
Essa avaliação será valiosa para prefeitos, governadores e o Governo Federal, pois fornecerá critérios para desenvolver e implementar políticas públicas que visem a expansão da conectividade.
A metodologia de cálculo do IBC leva em consideração sete variáveis:
- densidade de acessos móveis;
- densidade de acessos de banda larga fixa;
- percentual de cobertura de telefonia móvel no município;
- adensamento de ERB por habitante;
- existência de backhaul de fibra ótica nos municípios;
- grau de competitividade de telefonia móvel; e
- grau de competitividade de banda larga fixa.
“Essas variáveis são calculadas individualmente para cada município, os resultados são normalizados linearmente de 0 (zero) a 100 (cem) e, então, são aplicados os fatores de ponderação mostrados no gráfico abaixo. O valor final do IBC resulta, também, em um valor de 0 (zero) a 100 (cem), onde zero é o pior grau de conectividade e 100 é o melhor grau de conectividade”, afirma a Anatel.
O conselheiro da Anatel Moisés Moreira afirmou que a proposta é de que o Relatório Metodológico do IBC seja um documento dinâmico, podendo ser alterado sempre que houver necessidade, conveniência ou oportunidade. Além disso ele acrescentou que:
“O setor de telecomunicações está em constante evolução, de modo que são esperadas atualizações dessa metodologia no futuro, para refletir, por exemplo, novas tecnologias como 5G e Internet das Coisas (IoT), a ampliação do backhaul e a evolução na velocidade da banda larga fixa contratada pela população. Adicionalmente, ponderações entre municípios com maior vocação rural e outros com maior vocação urbana poderão ser exploradas.”