Na manhã desta terça-feira (15), um apagão nacional deixou várias cidades sem energia elétrica. Ao menos, foram 25 estados e o Distrito Federal que ficaram sem energia. A falta de luz também afetou os serviços de telecomunicações, causando queda da rede das principais operadoras: Vivo, TIM e Claro.
Além de afetar os dados móveis, impossibilitando o acesso à internet, a queda na energia também afetou até o sinal para a realização de chamadas. Durante o apagão, o Downdetector, site que reúne notificações de instabilidade em sites e aplicativos, começou a registrar queixas sobre o serviço de telefonia móvel.
A TIM (imagem abaixo) registrou o maior número de reclamações na plataforma, com mais de 500 alertas por volta das 10h da manhã. Na Vivo, o pico foi registrado 86 alertas. Na Claro, foram 73 notificações.
Embora tenha afetado uma grande parte da população brasileira, alguns consumidores ainda conseguiram acessar as redes sociais e registrarem reclamações sobre o apagão nacional, inclusive, usando teor humorístico para passar pela situação. Usuários brincam com a ideia do brasileiro voltar a era sem tecnologia, após o ocorrido.
As postagens também mencionavam os problemas na rede das operadoras:
Para reportagem do G1, a Conexis Brasil Digital, entidade que representa as operadoras, informou sobre a possível falha nas redes das operadoras devido ao apagão nacional.
“A Conexis Brasil Digital informa que em decorrência de falhas no fornecimento de energia elétrica ocorridas em algumas localidades na manhã desta terça-feira (15), os serviços de telecomunicações podem apresentar instabilidade. As operadoras já estão trabalhando para reestabelecer os serviços no menor prazo possível”.
Relação da energia elétrica com os serviços de Telecomunicações
Recentemente, publicamos uma matéria explicando como a falta de energia afeta o setor, que embora não seja uma regra causar a disponibilidade da rede móvel, pode acontecer, como hoje.
“Os sistemas de telecomunicações precisam de energia constante e de qualidade para funcionarem. Geralmente, se utiliza da rede das concessionárias de energia elétrica e outros sistemas para dar suporte à qualidade de energia elétrica, como retificadores/carregadores com banco de baterias, UPS (no-break) e/ou Grupo Motor Gerador”, explicou João José Batista Pereira, professor do Instituto Federal de Goiás (IFG).