Por meio de um convênio entre o Parque Tecnológico Itaipu (PTI) e a Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI), as infraestruturas críticas em ambientes perigosos da usina hidrelétrica de Itaipu passarão a ser inspecionadas por dois cães-robôs conectados a uma rede privativa 5G em frequência de 3,7 GHz. Chamado de Spot, o cão-robô é o primeiro do tipo a operar no Brasil. A baixa latência do 5G, torna o tempo de resposta aos comandos mais rápido.
Os cães-robôs são fabricados pela Boston Dynamics, tem quatro pernas (ou “patas”) articuladas e é dotado de inteligência artificial. Com ele estão acampados câmera, microfone e uma série de sensores, incluindo infravermelho e detector de vazamento de gás. Sua estrutura proporciona mobilidade mais ágil se locomovendo em qualquer tipo de terreno com mais rapidez em relação a outros equipamentos com rodas ou esteiras.
Capazes de carregar até 14 Kk, os robôs podem ser controlados manualmente através de um tablet ou programados para executar uma tarefa de forma autônoma. São capazes de desviar de obstáculos e de se levantarem em caso de queda. Com o Spot, serão testados em inspeção em equipamentos de missão crítica localizados em áreas perigosas ou de difícil acesso, reduzindo o risco para os funcionários do PTI.
Na prática, os equipamentos podem atuar no apoio a equipes de socorro em situações de emergência, checando situações como suspeitas de vazamento de gás e estrutura danificada. Podendo andar em escombros e câmera infravermelha, eles podem enviar previamente imagens do local.
“Serão efetuados testes de conectividade, alcance e compatibilidade com a infraestrutura, além de avaliações das funcionalidades das duas unidades e de integrações com suas plataformas”, explica a ABDI.
O modelo de cão-robô também já é usado pela pela Polícia de Nova York, que além da inspeção em áreas perigosas, os “Digidogs”, apelido dado pelos agentes aos equipamentos, também é usado pela segurança pública de Nova York para situações com ameaça de bomba.