13/11/2024

Canais da Globo podem deixar serviço de TV por assinatura da Claro

Buscando reduzir custos, a operadora está revendo contrato com a emissora e outras empresas sobre os canais de TV paga.

Com as mudanças que estão ocorrendo no mercado audiovisual, operadoras de TV por assinatura, como a Claro, estão revendo acordos e contratos, para estancar a queda de assinantes, além de reduzir custos e aumentar a margem de lucro. Nesse cenário, os canais de TV paga do Grupo Globo são um dos negócios que a empresa pretende alterar.

De acordo com NaTelinha, a Claro não quer mais pagar para ter os canais Globo em sua programação. No modelo tradicional, a operadora pagava um valor x por assinante, mas agora diz que esse cenário mudou. No novo modelo, TV por assinatura distribui o sinal e joga para os produtores a responsabilidade de vender os espaços publicitários. Ou seja, uma parceria, pois para a operadora, o canal já possui a vitrine necessária ao ser carregado no line-up da Claro.

O assunto foi discutido no Pay-TV Fórum que foi realizado nos dias 22 e 23 de agosto pelos sites Tela Viva e Teletime. O presidente da Claro, José Felix, declarou que “Vai começar a doer um pouco mais para alguns fornecedores de conteúdo. Temos que renovar alguns contratos e aquele modelo antigo de venda e aquisição de conteúdo não existe mais. Estamos indo para uma proposta mais de parceria com os provedores. Com aqueles com quem conseguirmos montar um modelo, vamos continuar; com os que não conseguirmos montar um modelo, sei lá o que vai acontecer”.

“A TV por assinatura lá de trás não existe mais. Neste ano deve perder 2 milhões de assinantes. A representatividade da TV por assinatura na Claro caiu pela metade, uma realidade inegável”, completa Felix.

Esse movimento da Claro busca cortar despesas com conteúdo, além de reduzir custos operacionais. Segundo a reportagem, a operadora está trabalhando em um modelo experimental de envio de sinal sem ser por satélite, que atualmente é o que mais custa para os produtores de conteúdo e para a tele.

A operadora também aposta no carregamento dos canais por assinatura via streaming, como Claro TV Box e o Claro TV+, que os deixaria fora da regulamentação da lei da TV Paga ou Serviço de Acesso Condicionado, o SeAC, o que resultaria em menos carga tributária. A tendência é a operadora parar de ofertar seu negócio via cabo e se concentrar no streaming.

Pagar menos por conteúdo, cortar despesas operacionais e ficar de fora da Lei da SeAC são só três pontos que a Claro acredita serem a causa de uma queda brusca no preço final para o assinante, que além de aumentar as margens de lucro, iria desincentivar o crescimento da pirataria. Além da Globo, a operadora também está zerando o pagamento.

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