Nesta terça-feira, dia 29, o Ministério das Comunicações (MCom) estabeleceu a formação de um Grupo de Trabalho. Esse grupo conta com a participação de diversos órgãos governamentais e tem como objetivo discutir e planejar a implementação da Rede Móvel Privativa da Administração Pública. Durante a primeira reunião desse grupo, foram abordados os detalhes iniciais da instauração dessa rede, a qual terá seu lançamento inicial no Distrito Federal. Posteriormente, o plano é expandir esse projeto para cobrir todo o território brasileiro.
Um ponto importante a ser mencionado é que com o Leilão do 5G, um montante de R$ 1 bilhão foi destinado para financiar a construção da infraestrutura necessária para essa rede privativa. O objetivo é equipar o Estado com a mais moderna tecnologia em termos de Rede de Missão Crítica. Inicialmente, o Distrito Federal será utilizado como um ambiente de testes e aprendizado para a rede móvel, funcionando como um projeto piloto. Caso os resultados se mostrem positivos nesse contexto, o plano é estender essa rede móvel para atender todo o Brasil. Essa iniciativa foi enfatizada pelo secretário de Telecomunicações do MCom, Maximiliano Martinhão.
“Com o Leilão do 5G, foi previsto R$ 1 bilhão para custear a construção da infraestrutura da rede privativa. Queremos dotar o Estado com o que há de mais moderno em termos de Rede de Missão Crítica. O Distrito Federal será o nosso laboratório para a rede móvel, será nosso projeto piloto. Sendo bem-sucedidos, queremos expandir essa rede móvel para todo o Brasil”.
A Rede Privativa de Comunicação da Administração Pública Federal é um sistema de comunicação exclusivo destinado aos órgãos governamentais do Brasil. Sua criação está estipulada tanto no Edital do 5G quanto no decreto de Políticas Públicas de Telecomunicações. Essa rede é formada por diferentes partes interconectadas, incluindo segmentos de comunicação móvel e fixa, bem como a utilização de satélites para comunicação e medidas de segurança criptográfica.
A parte de comunicação fixa da rede será estabelecida através de cabos de fibra óptica e será protegida por criptografia de ponta a ponta, garantindo a segurança das informações transmitidas. Ela estará presente em todas as capitais do Brasil e terá a função de servir aos órgãos públicos federais, fortalecendo as infraestruturas de comunicação já existentes. A rede fixa terá um total de 6.500 pontos de acesso, facilitando a interconexão e a troca de dados entre as diferentes partes do governo.
Por outro lado, a parte móvel da rede será igualmente protegida por criptografia de ponta a ponta e terá como foco principal o atendimento aos Órgãos de Segurança, Forças Armadas, Defesa Civil e o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU).
Além das funções tradicionais de chamadas de voz e acesso à internet móvel, essa rede móvel oferecerá uma variedade de recursos avançados. Isso inclui a possibilidade de rastreamento de localização em tempo real, o uso de câmeras para monitoramento, criação de cercas virtuais baseadas em geolocalização, gerenciamento de frotas de veículos, entre outras capacidades. Além disso, essa rede permitirá a funcionalidade de roaming, possibilitando a continuidade dos serviços mesmo quando os dispositivos estiverem fora da área de cobertura principal.
No geral, a Rede Privativa de Comunicação da Administração Pública Federal representa uma infraestrutura avançada e altamente segura que visa aprimorar a comunicação e as operações dos órgãos governamentais no Brasil, fornecendo soluções de comunicação confiáveis e eficazes para uma variedade de cenários e necessidades.
O Grupo de Trabalho é composto por representantes de diversas entidades, incluindo o MCom, a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), a Entidade Administradora da Faixa de 3,5 GHz (EAF), a Telebras, a Polícia Federal, a Polícia Rodoviária Federal, a Secretaria de Estado de Segurança Pública do Distrito Federal (SSP/DF), o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) e o Exército Brasileiro.