No encerramento do I Encontro de Sustentabilidade ESG (Ambiental, Social e de Governança) do Ministério das Comunicações (MCom) e suas entidades relacionadas, ocorrido em Brasília (DF) na quinta-feira (17), a secretária-Executiva do MCom, Sônia Faustino, ressaltou a importância de ser um modelo exemplar não apenas para a Esplanada dos Ministérios, mas também para todo o país. Ela destacou que muitas pessoas podem sentir desconforto ao discutir temas como integridade, controle e ESG devido à falta de conhecimento aprofundado sobre essas questões. Sônia Faustino enfatizou a responsabilidade do Ministério em disseminar essas informações para aqueles que ainda não possuem conhecimento, promovendo a divulgação e contribuindo para moldar um futuro mais sustentável desde o presente.
Durante o evento, representantes de importantes entidades, como os Correios, Telebras e a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), não apenas apresentaram seus relatórios de ações sustentáveis, mas também demonstraram interesse em fortalecer suas colaborações e estabelecer novas parcerias.
Um aspecto relevante foi ressaltado por Gil Loja, chefe da Assessoria Especial de Controle Interno do MCom, ao discutir a potencial parceria entre Telebras e Correios com foco na utilização das infraestruturas de serviços postais para fomentar a inclusão digital. Ele compartilhou que o Ministro Juscelino Filho está preocupado com a viabilidade desse tipo de colaboração, indicando um compromisso com o avanço da inclusão digital no país.
“O que eu posso adiantar é a preocupação que o ministro Juscelino Filho tem em celebrar a viabilidade de uma parceria entre Telebras e Correios na intenção de utilizar as instalações dos serviços postais para promover inclusão digital”.
Gil Loja também expressou sua análise do encontro, apontando que o evento proporcionou a apresentação de ideias inovadoras relacionadas ao ESG. Ele ressaltou a necessidade de incorporar essas ideias ao planejamento estratégico, enfatizando que a sustentabilidade e o ESG são elementos fundamentais para o desenvolvimento, e que um não pode ocorrer sem o outro.
Correios
A empresa possui uma estratégia de responsabilidade social empresarial que está sendo atualmente revisada e ajustada, tendo como base as informações coletadas durante este evento, explicou Mariana Montenegro, diretora responsável pela governança e estratégia nos Correios. Durante sua apresentação, ela ofereceu um breve panorama das principais atividades que a empresa já realizou nesse sentido e destacou que o momento atual é de reavaliar todas as políticas existentes, buscando uma transformação profunda na cultura organizacional dos Correios.
De acordo com a análise de Montenegro, contar com o apoio da alta administração é um fator crucial nesse processo, e felizmente esse apoio está sendo fornecido. Um exemplo mencionado é a melhoria na gestão de resíduos, onde a empresa está alinhada com as diretrizes do Ministério das Comunicações, visando aprimorar o programa de Computadores para Inclusão, entre outros desafios nos quais uma abordagem colaborativa pode ser eficaz.
“No gerenciamento de resíduos, por exemplo, estamos mais alinhados com o Ministério das Comunicações, e vamos desempenhar melhor esse programa de Computadores para Inclusão, além de outros desafios em que a gente pode atuar de forma conjunta”.
Anatel
Ana Beatriz Souza, atualmente ocupando a posição de superintendente executiva substituta da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), enfatiza a importância da colaboração como um fator chave. Ela ressalta que, dada a natureza da Anatel como um órgão estatal responsável pela regulamentação da atividade econômica, é fundamental promover parcerias tanto com entidades públicas quanto privadas.
Durante uma apresentação, Ana Beatriz compartilhou um estudo realizado pela Agência com o objetivo de aprimorar o sistema de alertas destinados à prevenção de desastres relacionados às emergências climáticas. Ela explicou que desde 2017 a Anatel vem implementando esse sistema de notificação e que em breve serão lançadas melhorias resultantes de parcerias voluntárias estabelecidas com empresas do setor privado.
Um dos avanços mencionados por ela é a adoção de uma tecnologia denominada “cell broadcasting”. Essa tecnologia permitirá o envio de mensagens em formato pop-up diretamente para os dispositivos celulares dos usuários, incluindo alertas sonoros durante a sua utilização. Ana Beatriz sublinha que essa iniciativa ilustra como a colaboração entre diferentes setores pode resultar em benefícios tangíveis para a sociedade.
Telebras
Isabela Schneider, membro do conselho de administração da Telebras, afirmou que o plano da entidade envolve abordar os aspectos ambientais, sociais e de governança (ESG) de maneira abrangente e coordenada, em contraposição a lidar separadamente com cada setor, o que resultaria em projetos individuais isolados.
“A gente pretende trabalhar ESG de maneira transversal e não de maneira isolada, cada setor fazendo o seu projeto. Vamos todos juntos pensar como um objetivo em si e não como consequências das nossas ações”.
Schneider também destacou a importância de superar as restrições orçamentárias para efetivar a abordagem integrada do ESG. “Anualmente, selecionaremos uma iniciativa, levando em consideração as nossas limitações financeiras, e daremos prioridade para, pelo menos, uma nova ação relacionada ao ESG. O nosso compromisso é avaliar internamente a nossa organização e equipe, buscando a excelência, para então disseminar no país uma mensagem autêntica, ao invés de apenas discursos vazios”, assegurou.
