Alberto Griselli, CEO da TIM, comunicou à imprensa nesta terça, 01, que a organização cessou a expansão de sua proposta de conexão de internet fixa via fibra óptica (FTTH) para municípios inéditos. A meta atual é, pelo menos até o término do ano, fortalecer a presença nos lugares onde o serviço já está disponível.
“Estamos satisfeitos com a cobertura que temos hoje. Então, vamos focar em consolidar a nossa operação onde estamos presentes. A estratégia agora não é expandir horizontalmente, mas crescer verticalmente”, disse Griselli.
A TIM tem expandido seus serviços de acesso à internet para usuários finais, e atualmente atende em 82 cidades. Essa quantidade é mais que o dobro do número de cidades atendidas em 2022, que era de 37 municípios.
No entanto, mesmo com esse crescimento, a TIM ainda é considerada uma concorrente “pequena” no mercado de banda larga fixa. Em junho, a empresa contava com 767,5 mil clientes, enquanto a Claro possuía 9,84 milhões, a Vivo com 6,55 milhões e a Oi com 4,97 milhões de clientes nesse segmento.
Quando comparada às outras provedoras de internet do país, a TIM ocupa a nona posição em termos de número de clientes, estando atrás de empresas como Alloha Fibra, Brisanet, Desktop, Vero e Algar Telecom.
De acordo com as declarações de Griselli, a expansão das atividades da empresa ocorreu devido às parcerias estabelecidas com operadoras de rede neutra. Inicialmente, a empresa operadora TIM utilizou a infraestrutura da I-Systems em São Paulo, enquanto para abranger outras regiões do país, ela contratou os serviços da rede da V.tal.
A escolha de trabalhar com ambas as redes de forma complementar teve como objetivo otimizar a cobertura e o alcance do serviço prestado. Dessa forma, a TIM conseguiu expandir sua presença de apenas 37 cidades para mais de 80 localidades.
Griselli também mencionou que a decisão de focar na atração de novos clientes, em vez de continuar com a expansão territorial, foi motivada pelo conceito de Receita por Usuário (ARPU). A estratégia é buscar um maior potencial de ampliação de receitas a baixo custo, priorizando a satisfação e a fidelização dos clientes já existentes.
Apesar de ser considerada uma operadora pequena no segmento de FTTH (Fiber-to-the-Home), Griselli destacou que a empresa possui a maior ARPU do mercado, o que representa um indicativo positivo em termos de rentabilidade por usuário e pode impulsionar o crescimento da empresa em suas áreas de atuação.
Confira aqui com detalhes os resultados da TIM neste último trimestre de 2023.
Dentro do setor móvel, a ordem é focar no crescimento do pré-pago
No setor móvel, o foco está na expansão do segmento pré-pago. A operadora pretende atrair novos clientes para essa categoria, que é a principal fonte de receita da empresa.
O segmento pré-pago é fundamental para a empresa, pois tem sido responsável por um aumento significativo na receita nos últimos meses. Entre o segundo trimestre de 2022 e o segundo trimestre deste ano, houve um crescimento de 11,8% no faturamento líquido do pré-pago, superando o crescimento de 10,5% no pós-pago.
Griselli anunciou que, neste semestre, serão disponibilizados novos planos pré-pagos, oferecendo acesso a uma variedade de serviços, inclusive de saúde, graças à parceria estabelecida com o Cartão de Todos.
O CEO também comentou sobre o que restou da Oi Móvel
Recentemente, houve uma evolução nos resultados da TIM relacionados à infraestrutura que ela herdou da Oi Móvel. O executivo da empresa explicou que eles estão alcançando progresso significativo ao desligar e retirar estações de transmissão 2G ou 3G que não são mais necessárias.
O processo de desligamento dessas antigas antenas tem sido ágil, e isso levou à rescisão de contratos com as empresas que detinham a infraestrutura passiva dessas estações. Até o momento, cerca de dois terços dos equipamentos que precisam ser retirados já foram desligados, e isso teve um impacto positivo nos custos relacionados aos contratos de aluguel de torres, resultando em uma redução de 5,5% nos gastos em comparação com o primeiro trimestre.
A meta da TIM é concluir a retirada de todas as 3,6 mil antenas redundantes da antiga Oi Móvel até março de 2024. Com essa ação, eles esperam otimizar a infraestrutura, modernizar a rede e, ao mesmo tempo, reduzir os custos associados ao uso de equipamentos desnecessários. Essas medidas fazem parte de uma estratégia para melhorar a eficiência operacional da TIM e a qualidade dos serviços oferecidos aos seus clientes.