A Globalstar, que é parceira da Apple no desenvolvimento do serviço de emergência via satélite para os smartphones da linha iPhone 14, anunciou a assinatura de um contrato com a SpaceX, empresa de Elon Musk, com o objetivo de lançar novos equipamentos em órbita baixa da Terra (LEO, na sigla em inglês). O valor total dos pagamentos previstos para essa operação é de US$ 64 milhões, o que equivale a aproximadamente R$ 316 milhões.
De acordo com o documento oficial registrado na SEC, que é o órgão norte-americano equivalente à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) no Brasil, a previsão é que esses satélites sejam lançados no espaço até o ano de 2025. Durante esse período, os pagamentos serão realizados de maneira progressiva e escalonada.
A Globalstar enfatizou que o montante destinado a esse investimento incluirá contribuições financeiras da Apple. O documento esclarece que a parceira, a Apple, concordou em efetuar determinados pagamentos à Globalstar, cobrindo 95% das despesas de capital aprovadas relacionadas a esses novos satélites, o que engloba os custos associados ao lançamento dos mesmos.
“Conforme divulgado anteriormente, a Parceira [Apple] concordou em fazer certos pagamentos à Empresa por 95% das despesas de capital aprovadas que fizer em conexão com os novos satélites, incluindo esses custos de lançamento”.
Além disso, a Apple concordou em emprestar US$ 252 milhões (equivalente a R$ 1,24 bilhão) para a operadora de satélites, a fim de financiar os custos iniciais da operação. Em troca desse empréstimo, a Apple terá acesso a 85% da capacidade da nova rede satelital.
É importante destacar que, no final do ano passado, a Apple lançou um serviço de emergência via satélite para todos os modelos do iPhone 14. Esse serviço, conhecido como Emergency SOS, permite que os usuários enviem mensagens de socorro usando sinais de satélite quando estão em áreas onde não há cobertura móvel ou WiFi disponível.
Inicialmente, em novembro de 2022, o Emergency SOS foi lançado nos Estados Unidos e no Canadá. No mês seguinte, foi estendido para alguns países da Europa. Ao longo deste ano, a funcionalidade tem sido gradualmente disponibilizada em mais países europeus, bem como na Austrália e Nova Zelândia.