O Gaispi (Grupo de Articulação para Investimentos em Pesquisa e Inovação) anunciou hoje, 15 de setembro, durante o evento INOVAtic Pará, que aprovou a construção de três novas infovias de banda larga na Região Norte do país.
Essas infovias se somarão às seis estradas subfluviais que já estavam previstas. A notícia foi divulgada por Sidney Azeredo, assessora da superintendência de Outorgas e Recursos à Prestação da Anatel, durante o evento que foi promovido pelo Tele.Síntese, com a curadoria de Juarez Quadros.
De acordo com Azeredo, essa proposta de construção das novas infovias ainda precisa ser aprovada pelo Conselho Diretor da Anatel. A decisão foi tomada após a constatação de que há recursos financeiros disponíveis para ampliar o programa Norte Conectado, usando os recursos provenientes do leilão do 5G alocados para essa iniciativa.
As três novas infovias planejadas serão construídas nos rios Tapajós, Xingu e Tocantins, e terão uma extensão de aproximadamente mil quilômetros.
Elas irão atender a outros 16 municípios da região. Segundo Leandro Guerra, da EAF- Seja Digital, o cronograma de construção das primeiras seis infovias já existentes está seguindo conforme o planejado.
Neste ano, a empresa entregará as infovias dois, três e quatro, que ligam as cidades de Tefé (AM) a Atalaia do Norte (AM), conectando um total de 13 municípios e cobrindo uma distância de 1,1 mil quilômetros.
Além disso, a rota 03 liga as capitais de Belém a Macapá, passando por seis municípios e 858 quilômetros, enquanto a rota 04 conecta as cidades de Vila Moura, no Amazonas, à capital de Roraima, Boa Vista, com 610 quilômetros e uma população de 430 mil habitantes.
De acordo com informações do executivo, a construção da Rota 05, prevista para o próximo ano, que conectará as cidades de Autazes (AM) e Porto Velho (RO), apresentará desafios significativos devido à sua localização em um dos rios mais volumosos da Amazônia.
Um dos aspectos importantes a serem destacados é a mitigação das interferências. Segundo Guerra, a Empresa Amazônica de Fibra Óptica (EAF) está prestes a concluir o projeto de desocupação e mitigação das antenas profissionais de TV, conhecidas como FSS, adiantando-se em mais de dois anos em relação ao cronograma inicialmente previsto. Ele enfatiza que até o final do ano, a EAF terá cumprido essa obrigação, tendo mitigado 87% das 19 mil estações afetadas.
Vale ressaltar que essa abordagem inovadora de parceria público-privada, na qual empresas privadas assumem responsabilidades que seriam do setor público, tem despertado o interesse de outros governos na América Latina, de acordo com Guerra.