Após o surgimento da pandemia em 2020, houve uma notável mudança no cenário da televisão aberta, com uma considerável perda de audiência para as plataformas de streaming. É importante destacar que, anteriormente, não existia um sistema de medição da Kantar Ibope Media para acompanhar a transmissão de dados de áudio ou vídeo em tempo real.
Um exemplo ilustrativo desse declínio na audiência pode ser observado em fevereiro de 2020, especificamente no horário das 18h, um mês antes do início da pandemia. Nesse momento, os principais canais de televisão aberta, como Globo, Record, SBT, Rede TV!, Band, Cultura e Gazeta, acumulavam um total de 45,9 pontos de audiência. Enquanto isso, outros canais alcançavam apenas 2,1 pontos, e a TV por assinatura registrava 8,4 pontos.
No entanto, com a pandemia e o aumento do consumo de conteúdo online, a televisão aberta enfrentou desafios significativos para manter sua audiência, à medida que mais espectadores migraram para as plataformas de streaming em busca de maior flexibilidade e variedade de conteúdo. Esse fenômeno representa uma mudança substancial no comportamento de consumo de mídia e continua a impactar o cenário da indústria do entretenimento.
Em julho de 2023, durante o mesmo horário, as principais emissoras de televisão no Brasil, incluindo Globo, Record, SBT, Rede TV!, Band, Cultura e Gazeta, conseguiram um total combinado de 38 pontos na audiência. Por outro lado, os canais de televisão por assinatura alcançaram uma audiência de 5,1 pontos, enquanto as plataformas de streaming acumularam impressionantes 10,9 pontos.
No mesmo mês, em termos de consumo de vídeo em domicílio, as principais plataformas de vídeo online no Brasil eram o YouTube, com uma fatia de 15%, seguido pela Netflix, com 4,4%, TikTok, com 3,5%, e Globoplay, com 0,8% de participação no mercado.
Esses dados são fornecidos pelo Cross Platform View (CPV), uma solução da Kantar IBOPE Media que oferece uma visão abrangente da audiência de televisão linear e do consumo de vídeo online. Isso significa que o CPV leva em consideração o consumo de vídeo em todos os dispositivos conectados, proporcionando uma análise completa do cenário de consumo de vídeo domiciliar em julho de 2023.
Para a medição é levado em consideração uma amostra de domicílios distribuídos 15 regiões metropolitanas: Gde. São Paulo, Gde. Campinas, Gde. Rio de Janeiro, Gde. Belo Horizonte, Gde. Vitória, Gde. Porto Alegre, Gde. Curitiba, Gde. Florianópolis, Gde. Goiânia, Distrito Federal, Gde. Salvador, Gde. Fortaleza, Gde. Recife, Belém e Manaus.