A Oi (OIBR4), que está em seu segundo processo de recuperação judicial, fechou o mês de julho de 2023 com uma geração de caixa líquida negativa de R$ 408 milhões, uma alta de 57% em relação ao mês anterior, que registrou R$ 260 milhões. De acordo com o portal Suno, as ações da empresa caíram 6,56% no Ibovespa nesta terça-feira (03), sendo contadas as R$ 0,57.
De janeiro a junho deste ano, a receita líquida das recuperandas apresentou redução, com exceção ao mês de abril de 2023, quando ocorreu um leve crescimento em relação a março. A margem bruta foi de 17% em janeiro de 2023 para 2% em junho, que, de acordo com a Oi, é resultado das variações do “Custo dos Produtos Vendidos”, proporcionalmente diferentes das variações da receita líquida.
Os investimentos da operadora de julho somaram R$ 76 milhões, enquanto os pagamentos totalizaram R$ 1,192 bilhão, resultando em um saldo final de caixa financeiro de R$ 2,5 bilhões para as empresas em processo de recuperação, de acordo com dados preliminares.
O resultado operacional, representado pela margem EBIT (lucro antes dos juros e tributos), variou de -18% em janeiro para 58% em junho de 2023, tendo registrado o menor porcentual em maio, com -69%, informou a Oi. Já a margem líquida seguiu padrão das variações observadas na margem EBIT, variando de -28% a 122% ao longo dos cinco primeiros meses do ano.
No primeiro semestre do ano, o valor da receita líquida superou o total de custos dos serviços/produtos, resultando em uma margem líquida de 9%. Descontando-se as despesas operacionais é atingido uma margem Ebit negativa de 3%.
Prejuízo no 2T23
No segundo trimestre de 2023, a Oi reportou um prejuízo de R$ 845 milhões. No mesmo período de 2022 (2T22), o prejuízo auferido pela empresa tinha sido de R$ 497 milhões, alta de 70% no 2T23. Já no primeiro trimestre, o prejuízo da Oi tinha sido de R$ 1,267 bilhão, redução de 33,4% em comparação ao trimestre anterior.
Serviço de TV por assinatura
Um dos motivos da queda das ações da Oi foi a decisão da SKY em desistir de comprar a base de TV por assinatura via satélite (DTH) da operadora. Em comunicado, a rescisão de contrato ocorreu sob fundamento de não terem sido alcançados termos viáveis para a renegociação da transação, anunciada em abril de 2022.
Contudo, a Oi afirmou que se trata de uma “rescisão unilateral” e está em desacordo com o combinado entre as empresas e prometeu avaliar “as medidas cabíveis para resguardar os seus direitos“, podendo até entrar com processo na Justiça.