Na manhã da última sexta-feira (27), as operadoras de internet da Rússia afirmaram que sofreram um “nível sem precedentes de ataques DDoS de grupos de hackers ucranianos”, o que provocou a interrupção temporária dos serviços, afetando redes celulares, ligações telefônicas e conexões de internet.
Os ataques DDoS realizados por hackers ucranianos invadiram os sistemas visados com tráfego, tornando-os inacessíveis. O grupo de ativistas cibernéticos, conhecido como Exército de TI, afirmou no Telegram, que derrubou três provedores de internet russos: Miranda-media, Krimtelekom e MirTelekom — que operam em partes dos territórios do país que foram ocupados pela Rússia.
“Este é mais um golpe de nosso exército cibernético interrompendo a comunicação militar inimiga na linha de frente”, disseram os hackers.
No caso da Miranda-media, a empresa afirmou que conseguiu restaurar 80% dos seus serviços na noite da sexta-feira, incluindo os prestados por ela e outros dois operadores afetados, a órgãos da lei, organizações governamentais e serviços sociais. Ainda no sábado (28), as conexões de internet em certas regiões da Crimeia ainda estavam interrompidas, enquanto as operadoras trabalhavam para melhorar sua resiliência de rede.
Esses ataques DDoS já aconteceram antes, realizado também pelo Exército de TI da Ucrânia. Um deles teria desativado câmeras de vigilância em uma cidade no oeste da Crimeia. “Isolar a logística e a infraestrutura da península é crucial para sua eventual libertação e para dificultar o abastecimento militar”, disseram os hackers.
Ataque DDoS
No Brasil, os provedores de internet também têm sido alvos de frequentes ataques DDoS, causando instabilidades nos serviços em todo o país. A Associação dos Provedores de Internet (InternetSul) divulgou na semana passada que milhares de empresas estão sofrendo com a prática. Na região Sul, são centenas de provedores afetados.
No caso, os ataques são direcionados a outro grupo de hackers: os ciberativistas IRoX Team, que que declarou uma guerra cibernética contra Israel e seus apoiadores, divulgando datas para ataques cibernéticos globais.