O conflito entre Israel e Palestina se estende há décadas, mas nos últimos dias, a situação ficou muito grave entre as nações, após o Hamas ter realizado um ataque-surpresa contra Israel no último dia 07 de outubro, e a partir da Faixa de Gaza, combatentes do grupo invadiram o território israelense, tornando-se a ação mais violenta contra o país nos últimos 50 anos.
Ao invadir o território israelense, o grupo mataou centenas de pessoas e levaram mais de 100 pessoas como reféns. Israel declarou guerra ao Hamas e, inicialmente, atacou o território palestino com mísseis.
O porta-voz militar Daniel Hagari afirmou que o país está se preparando para uma ofensiva. “Nós nunca convocamos tantos reservistas, em uma escala como essa”, disse ele. O governo israelense também afirmou que pediu para moradores de regiões no norte e leste da Faixa de Gaza deixem suas residências. Palestinos informaram que receberam telefonemas e mensagens de oficiais de segurança de Israel dizendo para eles deixarem a área, pois o exército deverá atuar lá.
Entretanto, de acordo com a agência de notícias Reuters, na Faixa de Gaza não há abrigos antiaéreos oficiais para momentos de guerra. E para complicar ainda mais a situação, em muitas partes do território não há mais serviços de telefonia nem de internet, porque a companhia de telecomunicações palestina foi atingida por um ataque israelense.
Para nível de entendimento, Hamas é um grupo terrorista, uma das maiores organizações islâmicas dos territórios palestinos e, desde 2007, controla a Faixa de Gaza. O Hamas é considerado um grupo terrorista por países como os Estados Unidos e o Reino Unido.
Guerra causa muitas mortes
De acordo com o balanço mais recente das autoridades locais, o conflito já resultou na morte de 1.600 pessoas, sendo 900 em Israel, 687 na Faixa de Gaza e sete na Cisjordânia. Milhares de pessoas ficaram feridas.
O Ministério da Saúde palestino informou que os serviços no único hospital em funcionamento, em Gaza, foram suspensos devido aos contínuos ataques aéreos.
“Danos extensos causados pelos contínuos ataques aéreos israelenses bloquearam as equipes médicas de entrar ou sair do prédio”, disse o Ministério da Saúde. O Ministério afirmou que nove ambulâncias foram alvo desde sábado.
Maior parte dos pacientes que chegam feridos nos hospitais em Gaza sofreram queimaduras de segundo e terceiro graus e amputações nas extremidades inferiores e superiores, disse Ashraf al-Qidra, porta-voz do Ministério da Saúde palestino em Gaza à agência de notícias Shibab Agency.