Por meio de Fato Relevante divulgado na noite desta quarta-feira (11), a Oi respondeu a um ofício enviado pela B3 S.A (Brasil, Bolsa, Balcão), questionando a operadora sobre as ações estarem sendo negociadas abaixo do R$ 1 por mais de 30 dias. Ontem, a ação ordinária da companhia (OIBR3) fechou valendo R$ 0,59.
A B3 avisou a empresa que precisa devolver os papéis ordinários para preços acima de R$ 1 até 27 de março de 2024. No comunicado, a tele divulgou os procedimentos e cronograma que serão adotados para enquadrar a cotação de suas ações em valor igual ou superior a R$ 1,00 até 27/03/2024.
A Oi informou que acredita em revalorização natural das ações quando fechar o novo plano de recuperação, que está sendo negociado com credores. Diz que desde abril, quando apresentou uma versão do plano, busca aprovação dos principais credores.
A tele afirma também que a aprovação e homologação do plano de recuperação judicial terão papel fundamental para o futuro da empresa e trarão visibilidade quanto à sua sustentabilidade de longo prazo, o que deverá se refletir em valorização das ações da Oi, tornando assim desnecessária a realização de grupamento ou de qualquer outra medida para retomada do patamar de R$ 1,00.
Entretanto, explica também que caso a cotação de suas ações não enquadre de forma consistente em patamar acima de R$ 1,00 com a evolução do processo de recuperação judicial, a Oi pretende propor ao Conselho de Administração alternativas para reenquadrar o valor da ação ao patamar permitido pela B3, na forma da regulamentação aplicável.
Entenda o assunto
O enquadramento da B3 à Oi se refere ao fato de que a operadora não pode negociar suas ações na bolsa de valores com valor abaixo de R$ 1 por muito tempo, o chamado de Penny Stock. Como os papéis da tele já estão há um bom tempo sendo negociados abaixo desse valor, a B3 cobrou da tele medidas para recuperar o preço das ações, caso queira permanecer listada no Novo Mercado.
