O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) aprovou um empréstimo de R$ 2,5 bilhões destinado à Prefeitura de São Paulo para a aquisição de uma frota de ônibus elétricos. Essa iniciativa visa modernizar o sistema de transporte público na cidade, tornando-o mais sustentável e confortável para os passageiros.
De acordo com a estatal BNDES, os ônibus elétricos adquiridos devem apresentar características como conectividade WiFi e sistema de ar condicionado, proporcionando aos passageiros uma experiência mais agradável e conveniente.
É importante ressaltar que esse financiamento para a compra de ônibus elétricos é notável por ser o primeiro a ser disponibilizado ao setor público através do BNDES Finame Direto. O BNDES Finame Direto é um produto financeiro do banco voltado para a aquisição e comercialização de máquinas e equipamentos de fabricação nacional.
Entretanto, vale destacar que o financiamento do BNDES cobrirá apenas uma parte do projeto global. O investimento total da Prefeitura de São Paulo será de R$ 8 bilhões, e com esse montante, pretende-se adquirir um total de 2.600 ônibus.
Além disso, cerca de 20% da frota de ônibus da capital paulista será substituída até o ano de 2024 como parte desse esforço de modernização. Destes 2.600 ônibus, entre 1.000 e 1.300 serão movidos exclusivamente por baterias, reduzindo significativamente a pegada de carbono e promovendo a transição para um sistema de transporte mais sustentável na cidade.
O montante total a ser investido neste projeto é composto por R$ 2 bilhões provenientes das concessionárias responsáveis pelo transporte público por ônibus na cidade. O restante do valor considera créditos obtidos junto a diferentes instituições financeiras, incluindo o Banco Interamericano de Desenvolvimento, Banco Mundial, Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal e BNDES.
O banco público explicou que o investimento na aquisição dos ônibus elétricos é 3,5 vezes maior do que o custo de uma frota movida a diesel. Os empréstimos foram destinados a cobrir essa diferença. No entanto, como compensação, o custo médio mensal de operação e manutenção da frota movida a bateria é consideravelmente menor.
Essa iniciativa está alinhada com as metas de descarbonização estabelecidas pela legislação municipal de São Paulo. De acordo com essa legislação, o sistema de transporte público da cidade deve reduzir suas emissões de CO2 em 100% até o ano de 2038. O BNDES ressalta que a introdução dos novos ônibus elétricos contribuirá significativamente para evitar a emissão de aproximadamente 63 mil toneladas de CO2 equivalente por ano na atmosfera.
O sistema de trânsito coletivo por ônibus na cidade de São Paulo é considerado um dos maiores do planeta. Os ônibus levam, em média, 7,3 milhões de pessoas por dia útil, de acordo com o governo municipal. A frota presente consiste de 13 mil automóveis, distribuídos em 1.347 rotas.