02/11/2024

Cirion faz reparo no cabo submarino danificado na costa brasileira

Empresa trabalha para restaurar cabo submarino que é responsável por conectividade em um prazo de cinco dias após colisão com embarcação.

A empresa Cirion, que é responsável pelo cabo submarino que sofreu danos na costa brasileira no início de setembro, está iniciando os trabalhos de reparo no equipamento a partir desta quinta-feira, 5 de outubro. De acordo com Tatiana Fonseca, vice-presidente de Operações da empresa no Brasil, a previsão é que o serviço seja concluído em cinco dias.

Cabo Submarino

O cabo danificado faz parte do sistema SAC (South American Crossing) East da Cirion, que possui pontos de conexão em diversas cidades, incluindo Fortaleza, Rio de Janeiro, Santos (SP), além das ilhas caribenhas de Santa Cruz (St. Croix) e Las Toninas, na Argentina.

O incidente que resultou no rompimento do cabo ocorreu em 11 de setembro, aproximadamente a 200 quilômetros da cidade do Rio de Janeiro, e foi causado por uma colisão com uma embarcação. A equipe da Cirion está agora empenhada em restaurar a conectividade vital proporcionada por esse cabo submarino essencial para as comunicações na região.

Provavelmente, a causa foi uma âncora. Atualmente, está em curso uma investigação para determinar as medidas necessárias para responsabilização, declarou Tatiana em uma conversa com jornalistas, que ocorreu após sua participação em um painel durante o evento Futurecom, realizado em São Paulo.

Nesta quinta-feira, o navio transportando os equipamentos e a equipe de reparos chegou ao Rio de Janeiro. O procedimento de reparo envolve a remoção do cabo submarino do leito do mar. A estimativa inicial de conclusão do serviço em cinco dias deverá ser mantida, desde que não sejam identificados outros danos ao cabo submarino.

“Ainda não sabemos o dano [completo] que a embarcação causou. Pode ser que tenha outros pontos [danificados] ao longo do cabo”, ponderou a executiva. “Acreditamos que entre hoje e amanhã devemos ter uma visão melhor sobre se isso vai levar cinco dias ou um tempo maior em razão de algum outro rompimento”.

De acordo com Tatiana, houve uma grave atenuação no cabo de comunicação, o que levou à necessidade de desativar o equipamento. Isso foi feito para permitir que o tráfego de dados fosse redirecionado por outras rotas.

A executiva explicou que, após o incidente na costa fluminense, a empresa conseguiu redirecionar com sucesso 80% do tráfego IP que normalmente passava pelo cabo em um período de cinco dias. Inicialmente, isso foi alcançado por meio de outras rotas subaquáticas, mas devido ao aumento da latência, a empresa também teve que recorrer a infraestruturas terrestres.

Os 20% restantes do tráfego foram redirecionados em um segundo período de cinco dias, aproveitando a capacidade adicional da empresa. Tatiana destacou que eles precisaram adicionar mais equipamentos para estabelecer novas rotas que permitissem o fluxo do tráfego por caminhos terrestres e submarinos. Além disso, tiveram que aumentar a capacidade das rotas submarinas existentes para garantir que o tráfego fluísse com a latência necessária para atender às demandas dos clientes.

Tatiana também mencionou que há dez anos a empresa enfrentou um problema semelhante na mesma região, mas destacou que isso demonstra que a taxa de ocorrência de falhas é baixa.

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