22/12/2024

Governo planeja lançar aplicativo que inibe roubo de celular

Ministério da Justiça e outras entidades se juntaram para viabilizar um aplicativo que ajude a diminuir os casos de roubo de celular no país.

O Ministério da Justiça e Segurança Pública está planejando lançar um aplicativo e um site até o final de outubro, com o objetivo de oferecer aos usuários a possibilidade de pré-cadastrar seus celulares. Essa medida visa permitir que, em casos de furto ou roubo, pessoas de confiança possam bloquear o dispositivo remotamente.

Roubo de Celular

A ideia por trás desse projeto é proporcionar uma camada adicional de segurança aos proprietários de celulares, impedindo que os ladrões acessem informações sensíveis, como aplicativos bancários e pessoais. O secretário-executivo do Ministério da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Cappelli, enfatiza a importância de minimizar os danos causados aos donos de celulares em situações de roubo ou furto.

Esta iniciativa é resultado de uma parceria entre o Ministério da Justiça e Segurança Pública, a Febraban (Federação Brasileira de Bancos) e a Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações). Além disso, Cappelli revela que estão em andamento conversas com duas gigantes da tecnologia, o Google e a Meta, para viabilizar o bloqueio não apenas de dispositivos, mas também do sistema operacional Android (no caso do Google) e de redes sociais (no caso da Meta).

Essa medida é uma resposta direta à preocupação crescente com a segurança dos dispositivos móveis, dado o aumento dos crimes de furto e roubo de celulares. Ao oferecer aos usuários a capacidade de bloquear remotamente seus aparelhos em caso de perda ou roubo, o Ministério da Justiça e Segurança Pública visa proteger a privacidade e os dados pessoais dos cidadãos, ao mesmo tempo em que busca parcerias com empresas de tecnologia para aumentar a eficácia dessa solução.

Como vai funcionar

O procedimento para utilizar o serviço será o seguinte: o proprietário do dispositivo móvel deverá realizar o registro do seu celular por meio do aplicativo ou do site, utilizando um processo de autenticação que ocorre via ambiente Gov.br, um sistema do governo. Durante esse processo, o usuário terá a oportunidade de cadastrar duas pessoas de sua confiança, que poderão ser contatadas em situações de roubo ou furto do aparelho. É importante ressaltar que uma das pessoas autorizadas terá a capacidade de acessar o sistema e efetuar o bloqueio do dispositivo.

“Lá, o usuário cadastra duas pessoas de confiança que seriam acionadas em caso de roubo ou furto. A pessoa autorizada vai poder entrar e bloquear o aparelho”, disse Cappelli.

Essa abordagem visa simplificar o procedimento de bloqueio em caso de roubo, eliminando a necessidade de o usuário ter que entrar em contato com bancos ou a operadora de telefonia para relatar o ocorrido.

Na opinião do secretário, essa medida tem o potencial de reduzir de forma significativa os casos de roubo de celulares no país, sem que isso resulte em confrontos ou atos violentos. O objetivo é desencorajar a ação dos ladrões, uma vez que eles não terão acesso aos aplicativos e o dispositivo móvel ficará praticamente inutilizável, tendo um valor mínimo no mercado. Além disso, em caso de tentativa de acesso ao sistema operacional Android por meio do Google, este último terá a capacidade de apagar todas as informações do dispositivo, transformando-o em um mero pedaço de metal sem utilidade.

“Você desestimula o roubo. O ladrão não vai ter acesso nem aos apps e o aparelho vai valer R$ 10. Se o Google entrar, vai apagar o sistema operacional Android. Aí vira um pedaço de metal.”

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