Na manhã desta terça-feira (24), o Ministério das Comunicações (MCom) e o Correios lançaram selo institucional de 50 anos do surgimento do movimento hip-hop no mundo. A cerimônia de lançamento, realizada em Brasília (DF), contou com a participação do ministro Juscelino Filho, que também efetuou a doação de 10 computadores para a Casa de Hip-Hop de Alagoas.
A doação faz parte do programa Computadores para Inclusão, cuja política pública é realizada por meio dos Centros de Recondicionamento de Computadores (CRCs) – espaços físicos que reparam equipamentos eletroeletrônicos e os condicionam para a realização de cursos e oficinas.
O Programa já soma, desde sua criação, um total de 32,9 mil computadores doados, distribuídos para 717 municípios brasileiros. Quanto aos processos de formação, são 21,4 mil alunos plenamente capacitados para o mercado de trabalho formados nos 135 cursos presenciais oferecidos gratuitamente.
A cerimônia também contou com a presente da assessora especial da Presidência dos Correios, Vilma Reis, e os representantes da organização Construção Nacional do Hip-Hop, Cláudia Maciel e Rafael Diogo dos Santos – o Rafa Rafuagi.
Para o ministro, o selo não é apenas um pedaço de papel, mas “um símbolo de criatividade que representa uma cultura que é, em sua essência, uma forma de resistência. Um grito contra as diversidades e uma celebração da diferença”.
“É nessa direção que nós vamos continuar, sob a liderança do presidente Lula, que desde o início da sua gestão tem colocado como missão a presença da diversidade, da participação social, a valorização de todas essas culturas, porque o governo é de todos os brasileiros”, declara.
Representando os Correios, Vilma Reis declara que “Os Correios se orgulham de apoiar a cultura e os movimentos artísticos como ferramentas de transformação da sociedade. Esse é um movimento de potência da nossa juventude, que faz nosso povo entrar pela porta da frente”.
Para Claudia Maciel, uma das facilitadoras da Construção Nacional do Hip-Hop, esse é o primeiro ato governamental conquistado pelo movimento de muitos outros que virão. “A sociedade e o Governo Federal só têm a ganhar com o potencial do hip-hop no diálogo com as periferias. A gente não quer somente celebrar esses cinquenta anos, a gente vem ao Governo Federal colocar-se à serviço. A gente quer trabalhar junto e incidir nessa política. Porque a gente sabe da capacidade das periferias e favelas do país”, ressaltou.
“É uma iniciativa que vai levar inclusão digital dentro dos territórios periféricos. Quando se leva a inclusão, a gente também tá levando a oportunidade de defender a democracia, que ainda é tão atacada. E defender a democracia é um compromisso que a cultura hip hop tem em todo o território nacional”, afirmou o rapper Rafa Rafuagi.