Nesta terça-feira (10), a Nokia anunciou marcos na transmissão óptica submarina. Um deles foi alcançar uma taxa de dados de 800 Gbps a uma distância de 7.865 Km usando um único comprimento de onda de luz, cuja distância corresponde ao espaço geográfico entre as cidades de Seattle (Estados Unidos) e Tóquio (Japão). O recorde foi demonstrado por pesquisadores do Nokia Bell Labs.
De acordo com a empresa, a distância é duas vezes maior do que aquela que os equipamentos de última geração podem transmitir com a mesma capacidade. As taxas de transferência foram registradas no banco de testes de pesquisa óptica da fornecedora em Paris-Saclay, França.
O outro recorde foi atingido pelo Nokia Bell Labs e pela Alcatel Submarine Networks (ASN), subsidiária da finlandesa, onde conseguiram obter uma velocidade líquida de 41 Tbps em 291 Km, feita por meio de um sistema de transmissão não repetido em banda C, a tecnologia é mais usada para conectar ilhas e plataformas offshore entre si e com o continente. No registro anterior, para a mesma distância, foi de 35 Tbps.
Sylvain Almonacil, engenheiro de pesquisa do Nokia Bell Labs, explica que “Com essas taxas de transmissão mais altas, podemos conectar diretamente a maioria dos continentes do mundo com 800 Gbps de capacidade em comprimentos de onda individuais. Anteriormente, estas distâncias eram inconcebíveis para essa capacidade“.
O líder do Unrepeated Systems Group da ASN, Hans Bissessur, completa que “Esses avanços na pesquisa mostram que podemos alcançar um melhor desempenho em relação à infraestrutura de fibra existente. Quer estes sistemas ópticos cruzem o mundo ou liguem as ilhas de um arquipélago, podemos prolongar a sua vida útil“.
Mas o que isso significa? A Nokia explica que a pesquisa terá um impacto significativo na próxima geração de sistemas submarinos de transmissão óptica. Entretanto, também afirma que as futuras implantações de fibra submarina não serão as únicas a serem beneficiadas com novas tecnologias de fibra, como multimodo e multicore, uma vez que as redes já existentes também podem aproveitar a próxima geração de transceptores com taxas de transmissão mais altas para aumento de desempenho e viabilidade a longo prazo.