A Vivo anunciou uma parceria estratégica com a Elera Renováveis, uma empresa do setor de energia, com o objetivo de se tornar autoprodutora de energia em quatro parques solares que têm uma capacidade combinada de 237 megawatts-pico (MWp).
Esses parques solares estão localizados em Janaúba, no estado de Minas Gerais, Brasil. A finalidade principal desses parques solares é abastecer mais de 200 unidades consumidoras que operam em média tensão, o que inclui uma variedade de instalações e infraestruturas utilizadas pela Vivo em suas operações.
Esta parceria marca um momento significativo, pois a Vivo se torna a primeira empresa do setor de telecomunicações a adotar o modelo de autoprodução de energia. Isso significa que a Vivo irá gerar sua própria eletricidade a partir das usinas solares, em vez de depender inteiramente das empresas de serviços públicos tradicionais para suprir suas necessidades de energia.
Com essa iniciativa, a Vivo está planejando transferir 76% de seu consumo de energia, que anteriormente era adquirido no mercado livre de energia, para o modelo de autoprodução. Isso não só reduzirá a dependência da empresa em relação às fontes de energia convencionais, mas também contribuirá para sua sustentabilidade, já que a energia gerada nos parques solares é proveniente de fontes renováveis e ambientalmente amigáveis, como a energia solar. Além disso, essa mudança pode ter implicações econômicas positivas, uma vez que a autoprodução de energia permite à Vivo maior controle sobre seus custos de eletricidade.
“A autoprodução em média tensão consolida nossa estratégia voltada ao desenvolvimento sustentável e melhores práticas ESG, que inclui o uso de energia renovável e a implantação de usinas de geração distribuída, que já somam 62 unidades, de fontes solar, hídrica e de biogás, em operação por todo o país”, disse o diretor de Patrimônio, Logística e Compras da Vivo, Caio Guimarães.
Carlos Guerra, Vice-presidente Comercial e de Novos Negócios da Elera, enfatiza que a parceria com a Vivo é o resultado da construção do maior complexo solar das Américas, representando um marco histórico tanto para o Brasil como para sua empresa. O referido complexo entrou em operação este ano e tem a capacidade de evitar a emissão de mais de 740 mil toneladas de dióxido de carbono (CO2) por ano.
Além disso, desempenha um papel fundamental ao ajudar os clientes da Vivo a alcançar suas metas de descarbonização de forma altamente competitiva. Esse acordo de longa duração com a Vivo ilustra como os consumidores de energia podem se transformar em autoprodutores, reduzindo sua pegada de carbono e aumentando sua eficiência energética.
A Vivo, que possui um total de 112 milhões de acessos fixos e móveis, considera a energia elétrica como um insumo crítico para a prestação de seus serviços, com um consumo médio de 1.800 GWh por ano. Ao ingressar na autoprodução de energia, a Vivo diminui sua dependência na compra de eletricidade no mercado livre e se torna menos vulnerável às flutuações no setor de energia.
A modalidade de autoprodução, diferentemente da geração distribuída que atende ao consumo em baixa tensão, permite que uma usina de energia esteja localizada em um local separado daquele onde a energia é efetivamente consumida.
O complexo solar de Janaúba, que ocupa uma área de 3 mil hectares, conta com um impressionante total de 2,2 milhões de painéis solares. A produção da planta atende a 20% das necessidades de consumo da Vivo, o que equivale a cerca de 440 mil placas solares. Essa iniciativa demonstra o compromisso da Vivo com a sustentabilidade e a busca por alternativas mais limpas e eficientes no fornecimento de energia para seus serviços.
Desde 2015, a Vivo tem se dedicado a estabelecer metas ambientais voltadas para a redução de emissões de carbono, o aumento do uso de energia renovável e a otimização do consumo de energia em relação ao volume de dados trafegados em sua rede de telecomunicações. Esse comprometimento ambiental é um reflexo do crescente reconhecimento da importância da sustentabilidade e da responsabilidade ambiental por parte das empresas.
Um marco significativo nessa jornada foi alcançado em novembro de 2018, quando a Vivo se tornou a primeira empresa em seu setor a operar com 100% de energia proveniente de fontes renováveis.
Segundo a operadora, essa conquista foi possível graças a um duplo enfoque: primeiro, a implementação de projetos de geração distribuída de energia em baixa tensão, e, segundo, a aquisição de energia proveniente do mercado livre, garantindo que toda a eletricidade consumida fosse de fontes renováveis. Mesmo o restante do consumo da empresa, que vinha do mercado regulado, foi compensado por meio de certificados de energia renovável, conhecidos como I-RECs, provenientes de fontes eólicas.
Essa transição para a energia renovável trouxe resultados notáveis para a Vivo. No período entre 2015 e 2022, a empresa conseguiu reduzir em impressionantes 88% suas emissões diretas de dióxido de carbono (CO2). Isso significa que a empresa agora opera de forma neutra em carbono em relação a suas emissões diretas, contribuindo significativamente para a redução dos impactos negativos no meio ambiente.
Além disso, a Vivo faz parte do grupo Telefônica, que tem uma visão de futuro ainda mais ambiciosa. Como parte desse grupo, a Vivo compartilha do objetivo de atingir zero emissões líquidas até 2040. Essa meta abrangente considera não apenas as emissões diretas, mas também toda a cadeia de valor da empresa, abarcando desde a produção de equipamentos até a gestão dos resíduos gerados, promovendo um compromisso abrangente e abrangente com a sustentabilidade e a mitigação das mudanças climáticas.