Nesta quinta-feira (09), o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou dados da Pesquisa de Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC), da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Contínua, onde apontou que o número de pessoas com 10 anos ou mais que acessaram a Internet em 2022 saltou para cerca de 161,6 milhões, o que representa 87,2% da população nacional.
Em 2021, o percentual foi de 84,7% dos cidadãos do país. O estudo também revela que 6,4 milhões de domicílios do país não utilizavam a Internet. Entre os principais motivos estavam falta de instrução para o uso (32,1%), serviço de acesso à Internet caro (28,8%) e falta de necessidade em acessar a Internet (25,6%).
Entre os meios usados para acessar a internet, 98,9% da população usou o telefone móvel, segunda parte da TV, com 47,5%, apontando um crescimento, uma vez que em 2016, apenas 11,3% das pessoas usavam a televisão para acessar a rede.
A quantidade de pessoas usuárias de microcomputadores e tablets recuou. Em 2016, o percentual era de 63,2% do acesso por microcomputadores, alcançando 46,2% em 2019 até chegar nos 35,5% vistos em 2022. Enquanto que o caiu de 16,4% em 2016 para 7,6% em 2022.
Dentre os usos da internet, 94,4% das pessoas usaram para conversar por chamadas de voz ou vídeo. Enviar ou receber mensagens de texto, voz ou imagens por aplicativos diferentes de e-mail vêm em segundo lugar, com 92%, seguido de assistir a vídeos, inclusive programas, séries e filmes, com 88,3%, e usar redes sociais, 83,6%.
O estudo também aponta um crescimento no uso da internet por idosos, 60 anos ou mais, passando de 24,7% em 2016 para 62,1% em 2022. Entre os estudantes, 98,4% da rede privada e 89,4% da rede pública utilizaram a internet em 2022.
Além disso, a pesquisa apontou que 93,4% dos brasileiros afirmaram entrar na Internet todos os dias, enquanto apenas 0,7% disseram utilizar a web menos de uma vez por semana.
Acessos por regiões
O Centro-Oeste foi a região que teve a maior porcentagem de usuários de internet, influenciado pelo Distrito Federal, que tem a maior proporção (96,6%) de usuários entre as 27 Unidades da Federação. As regiões Norte (82,4%) e Nordeste (83,2%) permaneceram com os menores resultados, embora tenham apresentado as maiores expansões entre 2021 e 2022: 6,1 pontos.