Devido a falta de comunicações na Faixa de Gaza, no final de outubro, Elon Musk, dono da Starlink, empresa que oferece serviço de internet via satélite, disse que apoiaria as “organizações de ajuda internacionalmente reconhecidas” que atuam em Gaza durante um apagão telefônico e de internet no enclave, fornecendo conectividade na região.
Entretanto, a notícia não foi bem recebida pelo ministro das Comunicações de Israel, Shlomo Karhi, afirmando que a conexão seria usada pelos Hamas para atividades terroristas, e que não permitiria o funcionamento do serviço.
Nesta segunda-feira (27), o cenário mudou. Autoridades israelenses mudaram de opinião e autorizaram que a empresa de comunicação via satélite de Musk poderá operar em Gaza. Acontece que Elon Musk visitou o país e chegou a acordo preliminar com ministro das Comunicações.
Como resultado do acordo, as unidades de satélite Starlink só podem ser operadas em Israel com a aprovação do Ministério das Comunicações de Israel, incluindo a Faixa de Gaza – escreveu o ministro no X (anteriormente Twitter). Ele também saudou a visita de Musk a Israel e expressou esperança de que o bilionário fortaleceria seu “relacionamento com o povo judeu e [seus] valores“.
“Elon Musk, parabenizo você por chegar a um entendimento de princípio com o Ministério das Comunicações sob minha liderança”, postou o ministro das Comunicações Shlomo Karhi no X (ex-Twitter).
Imagens da visita de Elon Musk a Israel, mostra ele com um colete protetor e tirando fotos e fazendo gravações da devastação em Kfar Aza, onde dezenas de pessoas foram mortas no começo de outubro, no ataque que desencadeou a ofensiva militar israelense em Gaza.
De acordo com o jornal The Guardian, o bilionário e o primeiro-ministro israelense conversaram sobre o conflito, o Hamas, o Oriente Médio e outros temas, mas não trocaram nenhuma palavra sobre a polêmica postagem curtida por Musk, cuja publicação afirmava que os judeus estavam alimentando o ódio contra os brancos e criticava a ideologia política das “populações judaicas ocidentais”.
Durante a visita, Musk também se encontrou com o presidente de Israel, Isaac Herzog, que declarou que ele tem “um enorme papel a desempenhar” no combate ao antissemitismo, que a sua plataforma de redes sociais é acusada de espalhar.