14/11/2024

TIM aguarda momento certo para expandir sua banda larga fixa no país

Embora tenha espaço para ampliar o serviço, o CEO Alberto Griselli explica que estão esperando o momento mais adequado para agir.

Durante o Investor Day realizado em Nova York nesta terça-feira (07), a TIM falou sobre os planos da operadora para a banda larga fixa no país e sua cautela ao expandir o serviço. A tele aguarda o segmento ganhar um um equilíbrio para assim poder acelerar o uso de redes neutras antes de direcionar investimento.

Alberto Griselli, CEO da TIM, explicou que a operadora está preparada para expandir a banda larga fixa para outras áreas do país, há espaço para isso, mas que ainda não é o momento. “Estamos esperando o momento mais adequado para agir”, falou.

Segundo Fábio Avellar, vice-presidente de receitas da operadora, o mercado de banda larga fixa brasileiro está em transformação, por isso a política adotada é a cautela. Ele diz que “a melhor opção agora é esperar que o mercado encontre seu equilíbrio. Vamos focar em fazer investimentos de forma saudável, sustentável e lucrativa”.

“Estamos adotando uma abordagem de crescimento seletiva. As condições de mercado ainda não são favoráveis para acelerar a expansão. Ainda tem muita competição, que pressiona a ARPU [receita média por usuário]”, falou no TIM Brazil Day.

O executivo disse que uma abordagem “seletiva, sustentável e lucrativa” na banda larga seria a melhor alternativa, a partir de abordagem asset light, onde a operadora não é dona das redes de última milha. Avellar reconhece que a banda larga fixa é uma caminho natural para o TIM, já que possui uma pequena parcela de participação no mercado (1,7%). Entretanto, a competição e a pressão nos preços encoraja investimentos imediatos.

Com os acordos com as redes neutras, das quais a TIM possui com a I-Systems e a V.tal, Avellar afirma que amplia as oportunidades da operadora. Sem esse aporte, a tele enfrentava competidores maiores e em mercados concorridos. Com isso, era mais difícil elaborar uma oferta cruzada baseada no serviço móvel, sendo necessário estratégias específicas de comunicação com os potenciais clientes.

“Com o modelo ‘asset light’, podemos agir mais rápido e de forma mais precisa. Podemos focar na melhor proposta de valor, com cross selling, tendo racionalidade no investimento de comunicação e no go-to-market [ofertas]”, explica Avellar.

Em relação à banda larga via 5G FWA, Alberto Griselli declarou que está no radar da empresa, mas há outros segmentos mais importantes no momento. “Está no roadmap, mas temos coisas mais importantes para a geração de receitas“.

Segmento B2B

Uma das apostas da TIM é o segmento B2B, que é uma nova geradora de receita, sendo que nos últimos meses, gerou R$ 300 milhões em receitas para a operadora através de contratos com empresas do agronegócio, logística, utilities e indústria.

As parcerias para conectividade em rodovias é um dos modelos mais utilizados pela tele, que desenvolve projeto de rede móvel e cobra uma quantia mensal após a implantação da cobertura. A TIM tem 4,5 mil km de vias conectadas e vê um mercado potencial de 55 mil km no País.

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