Após Elon Musk endossar uma postagem antissemita no X (ex-Twitter), empreas como a Warner Bros. Discovery, Disney, Lionsgate, Apple e Paramount decidiram suspender todos os anúncios na rede social, resultando na perda de muito dinheiro que a plataforma ganha em publicidade.
O atual dono da rede social repercutiu uma mensagem que afirmava que a comunidade judaica americana tem “impelido o mesmo tipo de ódio dialético contra os brancos que eles afirmam querer que as pessoas parem de usar contra eles”.
Representantes das companhias confirmaram a suspensão dos anúncios, mas nenhuma emitiu uma declaração condenando especificamente os comentários de Musk. No entanto, ainda não está claro quantos dólares em anúncios estão sendo suspensos. Com isso, várias vinhetas e propagandas dos lançamentos das empresas, como Wish: O Poder dos Desejos, Jogos Vorazes – A Cantiga dos Pássaros e das Serpentes e Assassinos da Lua das Flores foram removidas da plataforma.
A situação ficou em evidência no início da semana passada, quando Elon Musk foi criticado por responder a uma postagem antissemita, uma resposta a um anúncio da Fundação de Combate ao Antissemitismo, escrevendo: “Você disse a verdade real”, e depois criticou a Liga Antidifamação, agência de direitos civis/relações humanas que luta contra o antissemitismo e todas as formas de intolerância.
A IBM também foi uma das empresas que interrompeu seus gastos publicitários que estavam planejados para os últimos três meses do ano, cujo valor é de aproximadamente US$ 1 milhão. Em comunicado, a companhia disse não tolera discurso de ódio e discriminação, suspendendo imediatamente toda a publicidade no X enquanto investigava a situação inaceitável.
Na última sexta-feira (17), o bilionário também foi condenado pela Casa Branca, acusando Musk de impulsionar teorias da conspiração antissemitas. Andrew Bates, porta-voz da Casa Branca, disse em um comunicado que era “inaceitável repetir a mentira repugnante por trás do ato mais fatal de antissemitismo na história americana a qualquer momento, muito menos um mês após o dia mais mortal para o povo judeu desde o Holocausto“.
Em postagem no X, Linda Yaccarino, CEO da rede social, disse que empresa havia sido “extremamente clara sobre nossos esforços para combater o antissemitismo e a discriminação“.
“O ponto de vista do X sempre foi muito claro de que a discriminação por parte de todos deveria PARAR de forma generalizada — Acho que isso é algo com que todos podemos e devemos concordar. No que diz respeito a esta plataforma — X também foi extremamente claro sobre os nossos esforços para combater o anti-semitismo e a discriminação. Não tem lugar para isso em lugar nenhum do mundo, é feio e errado. Ponto final”.
