No Ministério das Comunicações, o ministro Juscelino Filho continuou as discussões com a Aalto Haps, uma empresa líder em tecnologia estratosférica, que começaram em Londres. O objetivo principal foi discutir a proposta de construir um aeroporto no Brasil para operar drones que fornecem serviços de conectividade em altitudes elevadas.
Na reunião estiveram presentes representantes da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), do Ministério da Defesa e da Força Aérea Brasileira (FAB). Durante a apresentação, a Aalto Haps destacou seu projeto com a aeronave Zephyr, movida a energia solar, que pode oferecer serviços de conectividade em locais remotos.
O ministro ressaltou a importância de avançar na regulamentação e nas questões relacionadas à defesa nacional e ao espaço aéreo, reconhecendo a relevância do desenvolvimento dessas tecnologias para o Brasil.
“Estivemos na sede da empresa em novembro e nos comprometemos em coordenar, com diversos atores de governo, essa reunião que estamos realizando hoje, para que possamos estabelecer um cronograma de ações com todas as áreas envolvidas para avançar no projeto de ter um AALTOporto servindo de base para essa tecnologia no Brasil. Esperamos conseguir avançar no ponto de vista regulatório, nas questões de defesa nacional e de espaço aéreo “.
A empresa Aalto Haps destaca-se no setor de Plataformas de Alta Altitude (High Altitude Platform Station – Haps) e é reconhecida como líder global em tecnologia estratosférica. Seu principal produto é a aeronave Zephyr, impulsionada por energia solar, projetada para revolucionar a conectividade em áreas remotas e de difícil acesso. A Zephyr é capaz de voar continuamente por meses, tanto durante o dia quanto à noite, utilizando exclusivamente a energia solar, desempenhando o papel de uma torre móvel no céu.
Com uma área de cobertura impressionante de 7.500 km², equivalente a aproximadamente 250 torres terrestres, a Zephyr opera como uma solução técnica e economicamente viável para ampliar a cobertura de serviços, especialmente em regiões de baixa densidade populacional. O ministro enfatizou a relevância desse projeto, destacando sua importância não apenas no contexto da inclusão digital e expansão da conectividade de banda larga, mas também em outras aplicações, como observações e ações diversas em todo o território nacional e na América Latina como um todo.