A Conexis e a GSMA, que representam operadoras móveis, estão celebrando o pedido feito pelo Brasil na WRC-23 para ser reconhecido como interessado na divisão do espectro de 6 GHz entre usos não licenciados e telefonia móvel.
Para a Conexis, essa decisão, se confirmada posteriormente por uma alteração nas regulamentações atuais, terá impactos positivos na inclusão digital.
A Conexis Brasil Digital considera favorável para o ecossistema digital e para o avanço da conectividade a proposta de dividir a faixa de 6 GHz em dois blocos: 700 MHz para o IMT e 500 MHz para uso não licenciado. A sugestão de flexibilizar o uso da faixa de 6 GHz foi apresentada pelo Brasil na Conferência Mundial de Radiocomunicação (WRC) em Dubai.
A alocação de uma parte da faixa de 6 GHz para o IMT é crucial para assegurar a expansão da conectividade e a inclusão digital. A evolução da tecnologia móvel requer garantias de que a conectividade continuará a se desenvolver sem restrições de espectro e velocidade.
Nas redes sociais, a GSMA, uma entidade global que reúne operadoras móveis de diversos países, expressou contentamento em relação à decisão do Brasil na Conferência Mundial de Radiocomunicações 2023 (WRC-23). A organização destacou que essa medida posiciona o Brasil na vanguarda da evolução do 5G, especificamente no 5G Advanced.
De acordo com a GSMA, a escolha do Brasil em apoiar o uso da parte alta dos 6 GHz para serviços móveis licenciados é estratégica. Isso equilibra o aproveitamento da faixa de 5.925-7.125 GHz e abre oportunidades para o país participar ativamente no desenvolvimento global de serviços móveis.
A WRC-23, que acontece até 15 de dezembro, está decidindo se a região 1 do mundo, composta por Europa, África e Oriente Médio, designará metade da faixa de 6 GHz para uso em telefonia celular. Em outras regiões globais, ainda não há uma decisão formal na WRC, que é organizada pela UIT, o braço da ONU para telecomunicações. Os Estados Unidos alocaram os 6 GHz para o WiFi, enquanto a China destinou essa faixa para uso móvel.
A GSMA ressalta que o uso da parte alta da faixa de 6 GHz para dispositivos móveis pode resultar em velocidades de até 12 Gbps. Essa escolha estratégica do Brasil é vista como um passo importante na liderança global da evolução tecnológica na área de serviços móveis.