Criminosos conseguiram desativar completamente um site de celular da operadora Claro, no Rio de Janeiro, deixando-o irreparável. A única solução seria a construção de uma nova infraestrutura. O incidente aconteceu na manhã desta terça, 19. Técnicos da companhia acompanharam a polícia para verificar a extensão do problema.
De acordo com os técnicos que prestaram assistência à falha de comunicação, o site não tem chance de recuperação. Todas as placas e equipamentos foram roubados, os quadros de energia esvaziados e os cabos que conectam a antena à rede central da empresa foram retirados. Surpreendentemente, até mesmo a torre de 10 metros de altura desapareceu.
Os profissionais da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) comunicaram que estão atualmente investigando o incidente com o objetivo de garantir que os usuários da empresa afetada não enfrentem interrupções no acesso à comunicação.
Eles destacam que uma das medidas provavelmente já implementadas pela operadora é o redirecionamento do tráfego para outros sites. No entanto, a Anatel ressalta que este é um problema relacionado à Segurança Pública, e não se trata de ações regulatórias que a agência possa adotar. O foco está na preservação da continuidade dos serviços de comunicação para os usuários, assegurando que a questão seja tratada no âmbito da segurança pública, sem intervenções regulamentares específicas por parte da Anatel.
A atuação criminosa voltada para o roubo de equipamentos de telecomunicações tem demonstrado uma crescente, expandindo-se para além do alvo tradicional, que inclui torres de 10 metros e equipamentos da rede móvel. Essa atividade delituosa estende-se também à infraestrutura de rede fixa, escapando da eficácia das medidas de segurança pública para contê-la.
De acordo com a Conexis Brasil Digital, a entidade que representa as principais operadoras de telecomunicações do país, o roubo de cabos registrou um aumento significativo de 23,5% no primeiro semestre deste ano em comparação com o mesmo período do ano anterior.
Nesse período, foram subtraídos do sistema de comunicação brasileiro aproximadamente 2,38 milhões de metros de cabos. Essa tendência revela a necessidade premente de abordagens mais eficazes por parte das autoridades para combater e mitigar esses crimes, visando preservar a integridade e funcionalidade da infraestrutura de telecomunicações do país.
