A equipe do CubeSat Design Team do Instituto Nacional de Telecomunicações – Inatel conquistou o primeiro lugar na Olimpíada Brasileira de Satélites – OBSAT, promovida pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI). Esta competição foi realizada em quatro fases, sendo a última recém-concluída, e culminará no lançamento do melhor satélite da competição por meio de um foguete.
Após mais de dois anos de trabalho e quatro etapas de competição, os estudantes do Inatel alcançaram o feito de serem a primeira equipe de graduação e a única instituição mineira a receber o título de melhor satélite e missão satelital brasileira.
A equipe vitoriosa é composta por Matheus Reno Torres e Arielli Ajudarte da Conceição, ambos estudantes do curso de Engenharia de Telecomunicações, orientados pelo professor Evandro César Villas Boas. Arielli Ajudarte explica que o protótipo passou por significativas alterações em sua estrutura e programação.
“O CubeSats foi produzido em alumínio aeronáutico, com novos encaixes, um novo circuito e transmissor, com placas do módulo sensorial das mais modernas, além da inserção de um GPS e uma antena de material retrátil”.
O projeto desenvolvido pelo Inatel tem como objetivo proporcionar conectividade em áreas remotas por meio da Internet das Coisas (IoT). Em outras palavras, trata-se de um estudo de dados que busca entender as conexões feitas por nanossatélites.
A iniciativa, conduzida pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI), é chamada de OBSAT e propõe a criação de pequenos satélites denominados CubeSats, que podem ser lançados na órbita da Terra. Graças aos avanços na ciência e tecnologia, agora é possível viabilizar a construção desses satélites de pequeno porte. Esse processo é interdisciplinar, envolvendo diversas áreas do conhecimento, e tem como objetivo proporcionar experiências tanto teóricas quanto práticas para os participantes.
Os CubeSats são capazes de realizar missões reais e, comumente, são empregados em pesquisas espaciais e telecomunicações. Esses avanços permitem ampliar nosso conhecimento no espaço e aprimorar a conectividade, especialmente em regiões remotas.
Sobre a Olimpiada
A ação abrange todo o país e inclui palestras e discussões sobre as últimas pesquisas e projetos para o sistema satelital. Cada projeto na Olimpíada tem uma missão de monitoramento, propondo soluções para problemas reais e seguindo protocolos para promover a cultura aeroespacial. Na primeira etapa em 2021, os estudantes apresentaram o planejamento da prova de conceito. Entre 2021 e 2023, os protótipos foram construídos e lançados na estratosfera. A etapa atual envolve o lançamento do melhor satélite da competição em um foguete.