Nesta terça-feira (05), chegou ao fim a data limite para que o fundo de investimento KKR apresentasse uma proposta vinculante para adquirir a Sparkle, subsidiária de cabos submarinos do Grupo TIM (antiga Telecom Italia). Entretanto, esse prazo limite poderá ser estendido por mais tempo.
O Grupo TIM informou que a Optics Bidco, subsidiária da KKR, solicitou a extensão do prazo até o fim de janeiro de 2024. Por meio de nota, a proponente informou que precisa de mais tempo para fazer as atividades de diligência prévia (due diligence), espécie de levantamento de todos os riscos envolvidos no negócio.
“A TIM informa que a Optics Bidco, subsidiária da Kohlberg Kravis Roberts & Co. (‘KKR’), ao confirmar seu interesse na continuação das negociações para a compra da Sparkle, solicitou autorização para aprofundar as atividades de due diligence até final de janeiro de 2024, para ter todas as informações necessárias para apresentar uma oferta final”, diz trecho da nota da operadora italiana.
A possível prorrogação do prazo deverá ser discutida na próxima reunião do conselho de administração, marcada para acontecer na próxima quinta-feira (14).
Na reunião também será discutido o andamento da compra da infraestrutura de rede fixa terrestre da operadora italiana pelo KKR. A NetCo foi comprada pelo fundo norte-americano no início de novembro, após proposta vinculante no valor de 18,8 bilhões de euros (aproximadamente R$ 100 bilhões) pelos ativos.
Inicialmente, o Grupo TIM planejava vender a Sparkle e a NetCo de forma conjunta, mas os ativos foram separados durante as negociações com a KKR. A venda da rede fixa faz parte do plano de reestruturação da empresa apresentado pelo CEO da Telecom Italia, Pietro Labriola, para reduzir o endividamento da companhia.
Entretanto, ainda pode haver desafio pela frente, uma vez que ameaçam abrir um processo contra a tele na Justiça italiana por não levar a decisão à assembleia de acionistas. Inclusive, um grupo de acionistas acredita que o melhor seria vender a operação brasileira, a TIM Brasil, para tentar “salvar” e reduzir as dívidas do grupo.
Mesmo com essas situações, a direção da empresa se diz confiante na conclusão da venda da NetCo e que tem seguido as normas previstas na legislação do país.