A Oi finalizou, nesta semana, a venda do edifício que abrigava sua antiga sede no Leblon, um dos bairros mais nobres do Rio de Janeiro, para a Hemisfério Sul Investimentos (HSI), uma gestora de ativos alternativos.
Com essa transação, a Oi adiciona R$ 205 milhões ao seu caixa. O plano da HSI para a antiga sede da Oi inclui a construção de um edifício corporativo com 20 mil metros quadrados disponíveis para locação. A reforma está programada para começar no primeiro trimestre de 2024, com previsão de conclusão até setembro de 2026.
Para acomodar sua nova sede, a Oi optou por um de seus próprios imóveis, realizando um retrofit com custos inferiores a 1% do valor obtido na venda. A nova instalação foi projetada com um ambiente moderno, inclusivo, colaborativo e otimizado, situando-se em Ipanema. É importante notar que a alienação desse ativo foi devidamente autorizada pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel).
A alienação de ativos faz parte das estratégias de recuperação judicial da Oi. A empresa de telecomunicações deu início a esse processo em 2016, chegando a sair brevemente da primeira recuperação no final de 2022, mas retornou em março do ano seguinte. Durante esse período, realizou a venda de sua divisão de telefonia móvel, parcialmente adquirida por TIM, Vivo e Claro. Além disso, transferiu o controle de sua infraestrutura de fibra óptica para fundos gerenciados pelo banco BTG Pactual, resultando na criação da V.tal, uma operadora de rede neutra.
No mesmo intervalo, a Oi efetuou a venda de outros bens imóveis e até mesmo de cabos de cobre em desuso, presentes em dutos e postes, para a V.tal, que assumirá a responsabilidade pela remoção desses elementos.
Como detentora da maior área de concessão de telefonia fixa no país, exceto em São Paulo, a Oi está em disputa com a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) em busca de compensação por perdas recorrentes ao longo da última década. Essas perdas são atribuídas a uma carga regulatória considerada incompatível com a demanda por esse serviço.