A francesa Vivendi, principal acionista do Grupo TIM, entrou na Justiça contra a aprovação pelo conselho de administração, em novembro passado, da venda da operação de rede fixa na Itália para o fundo americano KKR. Esse detalhe fez com que as ações do grupo italiano na Bolsa de Valores de Milão avançassem quase 4% no início da tarde desta sexta-feira (15), pelo horário local.
A acionista que é dona de 23,75% da TIM questiona a decisão da Telecom Italia que aprovou o negócio, e quer que a transação seja chancelada também em uma assembleia de acionistas. No entanto, informações de bastidores dão conta de que, na ação, os franceses não pedem uma suspensão cautelar da venda.
A Vivendi tem expressado repetidamente suas reservas sobre os termos do acordo do Grupo TIM com o fundo norte-americano, sendo que mês passado, se apresentou contra a decisão e revelou que iria contestar na Justiça, o que está fazendo agora.
Quando saiu a decisão da empresa em vencer usa rede fixa, a acionista chegou a dizer que considera a decisão de prosseguir sem uma votação dos acionistas como “ilegal” e que usará “todos os meios legais ao seu alcance para contestar” a decisão.
A Vivendi questiona o preço da venda da rede que considera baixo e também questiona a sustentabilidade do que restará da Telecom Italia após a rede ser vendida. A operação do Grupo TIM com a KKR é avaliada em até 22 bilhões de euros (R$ 119 bilhões) e terá a participação do governo italiano como sócio minoritário.
Vale ressaltar que o negócio do fundo com o Grupo TIM foi dividido em duas etapas, uma já está em andamento, que é a venda da rede fixa que está sendo contestada pela Vivendi, e a outra é a venda da rede de cabos submarinos, a Sparkle. Nesse caso, a empresa italiana estendeu o prazo para que a KKR apresente sua oferta vinculante até o final de janeiro de 2024.
