Em um comunicado oficial divulgado no último sábado, dia 16/12, a SPE Águas de Fortaleza expressou críticas contundentes à Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), que manifestou sua oposição à construção da usina de dessalinização na Praia do Futuro. Veja aqui o a agência afirmou um dia antes.
No comunicado, a SPE de Fortaleza argumenta que a Anatel não possui autoridade para vetar o projeto e está sendo influenciada por um grupo econômico, ignorando deliberadamente a existência de cabos já instalados no Rio de Janeiro e no litoral paulista. A nota conclui afirmando que a obra continuará conforme planejado.
A nota afirma também que a Licença Prévia para a execução do projeto teria sido aprovada por mais de 20 pareceres de órgãos técnicos ambientais, indicando sua viabilidade ambiental.
Entretanto, a nota critica a atuação da Anatel, acusando-a de agir com rigor desnecessário no Estado do Ceará, em contraste com sua postura em outros estados, como no Rio de Janeiro e no litoral paulista. Há uma sugestão de que a Anatel estaria agindo em favor de interesses privados, possivelmente relacionados à privatização da Praia do Futuro.
A nota também lança alegações de uma ação coordenada por um grupo econômico, com o apoio da Anatel, para retirar do povo cearense o direito básico ao acesso à água em benefício desses interesses privados.
“O projeto da usina de dessalinização não traz qualquer ameaça aos cabos e nem aos data Centers que existem na Praia do Futuro. Isso está claramente demonstrado, razão pela qual mais de 20 pareceres de órgãos técnicos ambientais aprovaram a Licença Prévia para a execução do projeto. O governo e o povo cearense, que convivem com o problema da falta de água, não devem aceitar um parecer sem base técnica, manifestamente parcial, que atende apenas a interesses privados. A Anatel não tem poder de veto no projeto e está apenas sendo porta-voz de empresas interessadas em privatizar a Praia do Futuro.”
O documento conlui afirmando que, apesar das controvérsias e da suposta interferência, a SPE Águas de Fortaleza reafirma sua posição de seguir o cronograma da obra, indicando a determinação da empresa responsável em prosseguir com o projeto.
“Estamos diante de uma ação coordenada por um grupo econômico, com auxílio do órgão regulador utilizado a reboque, para tentar retirar do povo cearense, em nome de interesses privados, o direito básico do acesso à água. A SPE Águas de Fortaleza mantém a posição de seguir o cronograma da obra.”