Após anunciar a sua cobertura 4G em todas as cidades do Brasil, a TIM busca ambiciosamente levar conectividade para as lavouras do país. De acordo com a operadora, a meta é alcançar 20 milhões de hectares em área rural conectados até o fim de 2024. Alexandre Dal Forno, diretor de Desenvolvimento de Mercado IoT e 5G da TIM Brasil, conta que atualmente 16 milhões de hectares estão conectados.
A companhia atende mais de 30 grandes grupos do setor, como BP Bunge, Adecoagro e Citrosuco e prevê aumentar a receita de IoT em quatro vezes em cinco anos. “O aumento virá de grupos produtores de grãos e fibras de Mato Grosso, Matopiba e São Paulo. O agro é a principal vertical de crescimento do mercado corporativo (B2B) IoT”, diz Forno.
Uma das formas que a TIM espera crescer com sua cobertura no campo é por meio de parcerias com concessionárias rodoviárias. A operadora afirmou acordo com a Ecorodovias, em Anápolis (GO). “A maior parte dessas rodovias está em área agrícola”, diz Dal Forno. A TIM tem 4,5 mil km de malha conectada.
Mesmo com os preços mais baixos dos grãos, o que restringe investimentos, a TIM vê interesse em conexão nas propriedades. A busca por eficiência motiva os aportes, conta Dal Forno. O custo médio da antena 4G da companhia é de 15% a 25% o preço da saca de soja por hectare.
Conectividade TIM no campo
Em setembro, a TIM afirmou que conecta 15 milhões de hectares do campo no país. O meio rural, em especial o agronegócio, é um dos segmentos mais importantes para a operadora, que montou o programa ConectarAgro.
De acordo com O CEO da operadora, Alberto Griselli, são 80 milhões de hectares não cobertos no País, e, se contar com a agropecuária, o número sobe para 300 milhões de hectares. “Então, ainda temos muito para fazer”, disse.
Na época, o executivo também falou da forte atuação das operadoras com as concessionárias de administração de rodovias, cujo mercado é um total de 50 mil quilômetros de concessões no Brasil. “Acabamos de ganhar vários contratos com a CCR, Ecovias e ontem anunciamos a parceria com a EPR em Minas Gerais, onde estamos falando de 4 mil quilômetros”, contou.
“Cada vez que levamos o nosso sinal para essas localidades, damos um serviço melhor para os clientes dessas empresas que, por sua vez, também são os nossos”.