A empresa X, anteriormente conhecida como Twitter e que pertence a Elon Musk, está enfrentando um novo processo judicial. Neste caso, alega-se que a empresa não cumpriu o pagamento de milhões de dólares em bônus anuais a seus funcionários. A Justiça Federal dos Estados Unidos deu autorização para que o processo prossiga.
A ação legal foi iniciada em junho por Mark Schobinger, ex-responsável pelo setor de compensação da empresa. Ele está representando a si mesmo e milhares de outros funcionários, tanto atuais quanto antigos. Os queixosos afirmam que a empresa X não honrou promessas verbais feitas, as quais garantiam que todos os funcionários que permanecessem na empresa até 1º de janeiro de 2023 receberiam uma parte de seus bônus anuais.
O montante total a ser pago ultrapassa os US$ 5 milhões, conforme indicado no processo legal. Em uma declaração ao portal Business Insider, a advogada representando a parte que moveu a ação, Shannon Liss-Riordan, mencionou que os bônus pendentes chegam a uma quantia de “dezenas de milhões de dólares”. Ela também estimou que aproximadamente dois mil funcionários têm direito a receber esses bônus.
Na última sexta-feira, a juíza encarregada do caso recusou os pedidos dos advogados da empresa X para arquivar o processo. Os advogados alegaram que a empresa não deveria ser obrigada a cumprir acordos verbais entre Schobinger e a administração anterior.
No entanto, a juíza explicou que o caso de Schobinger “de maneira plausível alega uma quebra de contrato” de acordo com a legislação do estado da Califórnia. Ela destacou que, uma vez que Schobinger atendeu ao pedido da empresa X, a oferta da companhia de pagar-lhe um bônus em troca se transformou em um contrato legalmente vinculativo segundo as leis californianas. Ao aparentemente recusar-se a pagar o bônus prometido a Schobinger, a empresa X teria violado esse contrato, conforme argumentado pela juíza.
O processo em questão envolve a alegação de que a administração do Twitter, agora denominado como X, fez uma promessa aos seus funcionários durante a aquisição por Elon Musk, concluída em outubro de 2022. A promessa era de que os funcionários receberiam 50% do seu bônus anual de 2022 se permanecessem na empresa.
Normalmente, os bônus anuais são pagos no primeiro trimestre do ano seguinte, conforme informado pela Forbes. No entanto, de acordo com Schobinger, que está envolvido no processo, esses pagamentos nunca foram efetuados.
Os advogados do X argumentaram que essa promessa verbal não era válida de acordo com a lei do Texas, onde afirmaram que o caso deveria ser julgado. No entanto, a juíza decidiu que o caso seria regido pela lei da Califórnia e, independentemente da legislação estadual, todos os pedidos de arquivamento foram considerados sem êxito.
Em maio, Schobinger renunciou ao cargo, alegando que a X desrespeitou diversas promessas feitas aos funcionários. Isso inclui a não quitação dos bônus referentes a 2022, conforme mencionado na queixa.
A recente decisão da Justiça Federal dos Estados Unidos adiciona mais um processo aos problemas legais em crescimento enfrentados pela X. A empresa tem enfrentado diversos processos nos últimos meses relacionados a atrasos no pagamento de aluguel e outros serviços. Além disso, há processos infrutíferos movidos por funcionários que foram demitidos ou deixaram a empresa logo após a aquisição por parte de Musk.
