A American Tower e a empresa de consultoria SmC+ Digital Public Affairs, em colaboração, realizaram um estudo, intitulado “A gestão da infraestrutura de telecomunicações como pilar fundamental para o futuro da América Latina”, que faz uma revisão geral da situação atual da infraestrutura de telecomunicações na América Latina e dos desafios presentes e futuros de alguns países da região.
O estudo prevê a implantação de 202 mil novos sites até 2030 e 307 mil até 2032. Sendo que em 2030, o setor atingirá 454 mil sites na região e, em 2032, esse número chegará a 560 mil sites. Essas estruturas irão satisfazer a procura crescente dos usuários, dos governos e para apoiar a implantação de novas tecnologias digitais, como a realidade virtual e aumentada e a inteligência artificial.
Rodrigo Jimenez Castellanos, diretor-geral de Sustentabilidade e Comunicação para EMEA e América Latina da American Tower, afirmou: “Na dinâmica competitiva que o mundo vive atualmente, poucas coisas são mais importantes para o crescimento econômico e a competitividade de uma região do que a conectividade“.
“É por isso que é tão necessário publicar estudos como este, que nos fornecem dados confiáveis sobre o ponto em que nos encontramos na América Latina e as necessidades que enfrentamos nos próximos anos. Com isso, poderemos elaborar, entre os setores privado e público, mapas de ação que ajudarão, entre outras coisas, a melhorar a utilização do espaço público, a tornar os custos mais eficientes para as operadoras móveis e até a reduzir os impactos ambientais”, completou.
Sebastián Cabello, CEO da SmC+ Public Affairs, complementa que “Os países que registraram os maiores progressos em matéria de regulamentação destacam-se pela coordenação entre os intervenientes, bem como pela normalização dos processos”.
O estudo especifica que países como Brasil, o Peru e o Paraguai se destacam por esses esforços de coordenação, normalização e simplificação dos processos. Mas também afirma que há espaços para melhorias, especialmente em países como a Colômbia, a Costa Rica e o México.
Brasil
Quando se trata do caso específico do Brasil, o estudo cita a Lei Geral de Antenas, regulamentada pela Lei nº 13.116 de 2015 e alterada pelo Decreto Federal nº 10.480 de 2020, que é esforços para padronizar as regulamentações nos municípios. Já são centenas de municípios que atualizaram sua legislação.
Segundo o estudo, as empresas recomendam que todos os países estudados, incluindo o Brasil, precisam ter maior coordenação entre os organismos nacionais ou federais e os municípios com processos normalizados, idealmente através de um único balcão; Incentivos e facilitação do compartilhamento passivo de infraestruturas; e Implementação de um processo de aprovação automática.
Além disso, ainda recomenda que torne o processo acelerado para infraestruturas de menor dimensão, e que desenvolva atividades de sensibilização para as autoridades, população e meios de comunicação social. Com isso, conseguirá alcançar a estrutura necessária para se beneficiar do 5G e expandir a cobertura de serviços em zonas rurais.